Com derretimento em aceleração, as projeções indicam o fim do continente ártico, permanentemente gelado, para 2035.
Por que o polo norte derrete cada vez mais rápido?
O fenômeno do derretimento se retroalimenta provocando sua aceleração. Enquanto a superfície branca do gelo reflete os raios solares, restringindo em certa medida seu aquecimento e fusão, a superfície derretida, com terreno exposto ou água, é mais escura, absorve mais calor, acelerando o derretimento. E quanto mais área derretida, mais calor absorve. Por conseguinte, a temperatura nessa região cresce 3 a 4 vezes mais que a média do Planeta. Ademais, estamos experimentando temperaturas recordes nos últimos dois anos.

Mapa da Antártica mostrando a concentração de gelo marinho e a redução da cobertura de gelo em comparação com a média de 1981-2010.
O urso polar, emblemático do Ártico, perde seu habitat, o ecossistema sofrerá transformação e toda a biodiversidade está ameaçada.
Ainda que as evidências e provas robustas das mudanças climáticas sejam cientificamente irrefutáveis, há os negacionistas por ignorância ou conveniência. Importante dirigente político que descaradamente nega as mudanças climáticas, quer se apossar da Groelândia, com violência, se necessário.

Urso polar caminhando sobre uma superfície de gelo fragmentado no Ártico, simbolizando o impacto das mudanças climáticas em seu habitat.
Além do impacto no ecossistema ártico, o derretimento do polo norte abre oportunidades.
Seja para o setor de transportes, encurtando distâncias, seja por sua geolocalização estratégica para fins militares ou riqueza de minérios, petróleo e gás. Um clima de insegurança atemoriza países europeus envolvidos, quando acordos e garantias que asseguram a soberania e o equilíbrio entre as nações são desrespeitadas.
A cobiça foi despertada, se abaterá sobre o continente ártico.

Geleira derretendo com rochas expostas, evidenciando o impacto do aquecimento global na redução das massas de gelo.