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ClimatologiaMeio Ambiente e Rec. Hídricos

LA NIÑA VEM AÍ

2 dias atrás
5 min de leitura

Qual a diferença entre El Niño e La Niña?

La Ninã e El Niño são fenômenos climáticos resultantes da interação do oceano com a atmosfera provocados pela anomalia na temperatura do oceano.

Se El Niño ocorre com o aquecimento das águas do oceano Pacífico central, equatorial, o fenômeno La Niña é provocado pelo esfriamento das mesmas águas. São fenômenos opostos.

A mudança nas águas do oceano altera também o comportamento da atmosfera, influenciando ventos, nuvens e padrões de chuva em várias partes do mundo. Por consequência, os dois fenômenos alteram temperaturas e chuvas em diferentes regiões do Planeta. Em particular no Brasil, como vem ocorrendo na primavera em curso, sob efeito de La Niña, 2025, veja as mudanças que provoca.

  • Sob efeito de La Niña, na Região Sul e Sudeste, as temperaturas ficam abaixo da média e há possibilidade de novas ondas de frio até o final do ano.
  • Sob efeito de La Niña, na Região Norte e Nordeste, a precipitação se eleva acima da média, com risco de subida do nível de rios.
  • Sob efeito de La Niña, na Região Sul as chuvas irregulares promovem um clima mais seco.
  • Os ventos alísios ficam mais fortes
Os ventos alísios soprando de leste a oeste e na direção equatorial, ocorrem entre 0º e 30º de latitude.
Os ventos alísios soprando de leste a oeste e na direção equatorial, ocorrem entre 0º e 30º de latitude.
  •  Fonte:  Wikimedia Commons

Influência do El Niño  e La Niña no clima do Brasil

A fonte principal da variabilidade da precipitação de um ano para outro, no Brasil, é o ENOS (El Ninõ Oscilação Sul). Seu impacto já foi analisado tanto no contexto regional quanto no contexto global.

Esse impacto varia ao longo do ciclo de permanência de ENOS e geograficamente no espaço brasileiro.

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No inverno em que começa um episódio LN, aparecem anomalias positivas dominantes no Norte do Brasil, que persistem até o outono do ano seguinte. Entretanto, as áreas de maior impacto variam ao longo desse período.

As anomalias opostas de chuva refletem-se na tendência a anomalias opostas de vazão no rio Amazonas, no final da estação chuvosa. No restante do País, as anomalias têm maior variação no ciclo de EN.

Na primavera, principalmente em novembro de LN, fortes anomalias negativas ocorrem no sul do Brasil, enquanto anomalias positivas predominam no centro-leste e norte. Em janeiro, as anomalias do norte persistem, mas as do centro-leste se invertem e as do Sul enfraquecem.

Capa do livro Clima das regiões brasileiras e variabilidade climática

No outono, principalmente em abril, o impacto de LN sobre o Nordeste é significativo e um discreto aumento da precipitação no Sudeste e Sul do Brasil. A figura a seguir ilustra a distribuição de precipitação em episódio de El Niño e La Niña lado a lado, destacando as áreas de anomalias em novembro, janeiro e abril do ano seguinte.

Imagem 7.6 do livro clima
Percentis esperados de precipitação durantes episódios EN (esquerda) e LN (direita). Manchas cinza representam anomalias com nível de confiança de 90%. Fonte: Grimm (2003,2004)

O efeito sobre a temperatura não é tão importante quanto o efeito sobre a precipitação. O efeito sobre a temperatura foi estudado detalhadamente sobre o Sudeste da América do Sul, incluindo o Sul do Brasil.

O efeito mais forte foi constatado no inverno, com significativas anomalias positivas durante EN e negativas durante LN. As anomalias podem atingir 2º C.

Outras variabilidades com maior tempo de recorrência

Estudos demonstraram que o campo de temperaturas da superfície do mar TSM dos oceanos pode apresentar variações lentas que se manifestam em várias décadas. Essas variações de temperatura também ocasionam alterações na circulação atmosférica.

Esses padrões anômalos de TSM e seus correspondentes na circulação atmosférica são modos de variabilidade climática de baixa frequência com escala interdecenal ou multidecenal.

Uma vez estabelecido um desses modos, positivo ou negativo, as anomalias perduram em suas áreas de atuação por anos. São consideradas oscilações periódicas. O fenômeno El Niño é mais frequente que a multidecenal, com escala de variação temporal interanual.

Não se pode desprezar ainda o efeito das mudanças climáticas somadas aos fenômenos de anormalidades da temperatura sejam positivas, aumento da temperatura durante El Niño e negativas, redução da temperatura durante La Niña.

Na primavera de 2023, a Região Norte do Brasil teve a pior seca em 100 anos, sob influência de El Niño, objeto de grande preocupação dos habitantes e cientistas. El Niño, mudanças climáticas e desmatamento: cientistas explicam o que pode estar por trás da seca da Amazônia

O fenômeno foi analisado na publicação: Secas na Amazônia: causas e consequências.

Capa do livro Secas na Amazônia

La Niña em novembro de 2025

Por esta influência, o tempo na segunda quinzena de novembro continua frio e chuvoso em boa parte do País. A queda da TSM do Oceano Pacífico, que muda o clima no mundo, também promove a formação de ciclones extratropicais. As temperaturas não devem se elevar apesar da aproximação do verão.

Nessas condições e para as regiões Sul e Sudeste, os modelos de previsão meteorológica têm dificuldade de simulação, devido ao acúmulo e sobreposição de possíveis influências que podem ser conflitantes. Trata-se de uma das mais difíceis regiões do mundo para previsão meteorológica.

Eventos climáticos extremos como o tornado que destruiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, podem voltar a ocorrer, mas é difícil prevê-los com antecedência. “Fenômenos meteorológicos de grande intensidade e magnitude são de extrema complexidade. Dessa forma, são necessários estudos rigorosos, para o aprimoramento de ferramentas de previsão, visando à antecipação e amenização dos danos sociais e econômicos” conclui Carvalho. Como será o tempo em novembro, com influência do La Niña e de ciclones extratropicais – Estadão.

Imagem destruição Rio Bonito do Iguaçu PR
Imagem de destruição da cidade Rio Bonito do Iguaçu – PR após a passagem do tornado.

impactos ambientais sustentabilidade

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