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Geografia

Erosão dos solos e deslizamento: diagnóstico

2 meses atrás
7 min de leitura

Perguntamos ao professor da UFRJ Antônio Guerra: como fazer o diagnóstico da erosão dos solos e de um deslizamento?

Segundo ele, a primeira característica muito importante é identificar se é um processo erosivo acelerado ou se é um movimento de massa, um deslizamento.

O que é erosão dos solos?

A erosão dos solos é o processo de desgaste e remoção da camada superficial da terra causado por agentes como, por exemplo: 

  • água;
  • vento;
  • atividades humanas. 

Esse fenômeno afeta a fertilidade natural, reduz a capacidade produtiva do solo e impacta diretamente o equilíbrio ecológico.

Desse modo, agricultores em regiões de encosta enfrentam grandes perdas quando chuvas intensas carregam nutrientes essenciais. Além disso, o processo contribui para o desequilíbrio hídrico e altera ecossistemas inteiros.

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A compreensão desse conceito é essencial para qualquer pessoa que deseje preservar os recursos naturais. Em pequenas comunidades rurais, a erosão pode significar a perda da única área cultivável disponível. 

Já em ambientes urbanos, o mesmo problema pode gerar alagamentos e comprometer construções. Assim, entender o que é erosão dos solos é o primeiro passo para adotar 

Quais são os tipos mais comuns de erosão de solos?

Os tipos mais comuns de erosão de solos incluem erosão hídrica, erosão eólica e erosão antrópica, cada uma com características específicas. 

A erosão hídrica, por outro lado, ocorre devido à força da água da chuva ou de rios, sendo responsável por sulcos e ravinas em terrenos agrícolas. A erosão eólica, por outro lado, é mais frequente em regiões secas, onde o vento carrega partículas leves da superfície. 

Já a erosão antrópica está ligada às ações humanas, como o uso incorreto de máquinas agrícolas e a ocupação desordenada do espaço.

Feições erosivas e voçorocas: como identificar e diferenciar?

Geralmente as feições erosivas, as voçorocas, são mais profundas e dão em áreas onde o solo é mais profundo.

Elas podem ter uma forma parecida com uma pera ou coração, e ser formadas pelo escoamento superficial e/ou sub superficial, enquanto os movimentos de massa tendem a ocorrer em áreas mais íngremes, sendo mais longos, mais rasos e mais estreitos.

Então, se nós conseguirmos identificar qual é o tipo de uma feição ou outra, já é meio caminho andado.

Foto de um homem parado dentro de uma voçoroca com fundo arenoso.

Voçoroca com fundo arenoso em Sorriso (MT) (Fonte: Antonio Guerra. Todos os direitos reservados)

Foto de um deslizamento vertical num morro da estrada Rio-Santos, sem diagnóstico. À direita, um carro passando.

Deslizamento translacional na Rio-Santos (Ubatuba-SP) (Imagem retirada do livro Processos Erosivos e recuperação de áreas degradadas, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Após levar em consideração a declividade, as propriedades físicas dos solos, a forma das encostas, se é mais côncava, convexa ou retilínea, temos que identificar também qual o tipo de uso e manejo que deu origem àquela feição, identificar qual o tipo de uso que existe no entorno da feição erosiva ou da cicatriz de movimento de massa, e muitas vezes até a população tem que ser removida para outras áreas.

Qual a importância do prognóstico?

Segundo o prof. Guerra, “nós podemos usar técnicas de geoprocessamento, tanto gratuitas como pagas, mas, novamente, sabendo dar o peso adequado a cada um dos fatores que causam esse processo erosivo”.

Temos que levar em consideração uma série de variáveis, a declividade sendo uma delas, além das propriedades químicas e físicas, o uso do manejo e a forma da encosta.

Com esse diagnóstico, consegue-se fazer um prognóstico chamado de mapa de risco. Com essa informação, pode-se definir melhor o planejamento urbano ou rural, determinando qual área pode ser ocupada e qual tipo de ocupação, evitando, consequentemente, mortes e perda de bens materiais.

Grande voçoroca formada por erosão hídrica em solo vermelho, com paredes íngremes e profundas, cercada por vegetação ao fundo.
Uma voçoroca é um buraco ou cratera formado pela ação contínua da água sobre um solo exposto

Quais são as consequências da erosão e contaminação dos solos?

A erosão e a contaminação dos solos trazem consequências ambientais, sociais e econômicas que se entrelaçam e ampliam os impactos negativos. 

A perda da camada fértil do solo diminui a produtividade agrícola e aumenta a dependência de fertilizantes químicos. 

Além disso, quando o solo é contaminado por agrotóxicos, metais pesados ou resíduos industriais, sua recuperação se torna cara e demorada, muitas vezes inviável.

Essa combinação de fatores compromete a segurança alimentar e a qualidade da água, pois sedimentos contaminados atingem rios e reservatórios. 

As famílias que vivem da agricultura sofrem diretamente, enfrentando perdas na colheita e dificuldades financeiras. Em cidades, a contaminação pode gerar riscos de saúde pública, com doenças relacionadas à ingestão de alimentos produzidos em áreas poluídas.

Como a contaminação intensifica a erosão?

A contaminação intensifica a erosão ao alterar a estrutura química e biológica do solo, tornando-o mais frágil. Produtos tóxicos eliminam microrganismos essenciais que auxiliam na compactação natural da terra, deixando-a solta e mais suscetível ao arraste. 

Um exemplo claro ocorre em regiões de mineração, onde rejeitos contaminados enfraquecem a camada superficial, acelerando a perda do solo durante chuvas.

Como a erosão está ligada ao assoreamento do solo?

A erosão está diretamente ligada ao assoreamento do solo, pois o material removido da superfície é transportado e depositado em rios e lagos. Esse acúmulo de sedimentos reduz a profundidade dos corpos hídricos e compromete a circulação da água. 

Como consequência:

  • aumentam os riscos de enchentes;
  • perda de biodiversidade aquática;
  • redução da capacidade de geração de energia hidrelétrica.

Em regiões agrícolas, o assoreamento também prejudica sistemas de irrigação e reservatórios, reduzindo a disponibilidade de água. 

A situação é ainda mais crítica em áreas urbanas, onde a falta de planejamento agrava enchentes e erosões simultâneas. Quando solos contaminados se arrastam, o problema se amplia, afetando diretamente a qualidade da água potável.

Como evitar a erosão e o assoreamento?

A prevenção da erosão e do assoreamento envolve técnicas de conservação do solo e da água. Plantio em curvas de nível, terraceamento e reflorestamento de áreas de encosta são medidas eficazes. 

Em ambientes urbanos, investir em drenagem adequada e em áreas verdes auxilia na contenção do problema. 

Projetos de educação ambiental também são essenciais para conscientizar a população sobre o impacto de pequenas atitudes, como evitar o descarte inadequado de resíduos.

Quais práticas agrícolas reduzem o risco de erosão?

Práticas como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso de cobertura vegetal reduzem significativamente o risco de erosão. Essas técnicas mantêm o solo protegido, aumentam a infiltração da água e preservam sua fertilidade a longo prazo. 

Experiências de agricultores familiares mostram que pequenas mudanças no manejo são capazes de recuperar áreas antes consideradas improdutivas.

Qual obra ler sobre o assunto?

Para mais detalhes sobre o assunto, leia o livro Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas, organizado por Antonio Guerra e Maria do Carmo Oliveira Jorge.

A obra aborda aspectos relacionados à erosão acelerada dos solos e aos movimentos de massa, dando subsídios para seu estudo, controle e prevenção.

Amplamente ilustrada e com exemplos práticos nacionais e internacionais, a obra discute temas como Bioengenharia, geotecnologias, erosão costeira e fatores antrópicos e climáticos nos processos geomórficos.

Capa de Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas.

Sobre Antonio Guerra: geógrafo pela UFRJ, com doutorado pela Universidade de Londres e pós-doutorado pelas Universidades de Oxford e Wolverhampton.

Atualmente, Antonio Guerra é professor titular do Departamento de Geografia da UFRJ, onde coordena o Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos (LAGESOLOS).

É também Pesquisador 1A do CNPq, tendo publicado mais de 100 artigos em periódicos nacionais e internacionais, bem como organizou e publicou 22 livros, sendo diversos deles, na temática relativa à recuperação de áreas degradadas.

Até hoje Antonio Guerra já orientou quase 50 pós-graduandos, incluindo mestrandos e doutorandos. Possui convênios com instituições e órgãos nacionais e internacionais, todos relacionados a temas ambientais.

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