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Engenharia Civil

Ensaios estáticos e dinâmicos fecham tríade “Fundações”

dezembro 10, 2013
8 min de leitura

A série “Fundações” da Editora Oficina de Textos forma a tríade dos livros-texto com o lançamento “Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos”.

Em conjunto com os livros Fundações diretas e Fundações por estacas, uma nova obra junta-se a esta série, de autoria de José Carlos Cintra, Nelson Aoki, Cristina Tsuha e Heraldo Luiz Giacheti, intitulada Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos.

Com esta publicação, forma-se a tríade dos livros-texto que abrangem praticamente todas as aulas de uma disciplina de fundações na graduação.

Os autores conversaram com o Comunitexto a respeito da importância desta obra, e alguns de seus destaques. Confira!

Capa do livro “Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos”, publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos”, publicação da Editora Oficina de Textos

Comunitexto (CT): Foi lançado recentemente mais um volume da série Fundações, com o título Fundações ensaios estáticos e dinâmicos. Qual é o objetivo desta obra?

Autores (AT): O objetivo é apresentar ao estudante de engenharia civil um texto didático, objetivo e de leitura fácil, sobre o tema dos ensaios estáticos e dinâmicos em engenharia de fundações, incluindo os da etapa de projeto (SPT e CPT) e os ensaios da fase execução e verificação de desempenho de fundações por estacas (provas de carga estática e dinâmica).

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CT: Qual a importância desta obra para o meio acadêmico da Engenharia Civil?

AT: Com esta obra, mais as duas anteriores sobre projeto geotécnico de fundações diretas e por estacas, formamos uma tríade de livros-texto de fundações.

Professores da disciplina fundações dos inúmeros cursos de engenharia civil do Brasil poderão adotar esse material de estudo, concebido exatamente com a finalidade de uma iniciação à engenharia de fundações, compatível com o que se ensina na graduação.

Sobretudo os conceitos fundamentais de fundações são explicados de forma tal que o leitor adquira uma base conceitual sólida dessa disciplina.

CT: É citado no prefácio do livro que existe uma certa relutância no meio técnico brasileiro na aceitação sobre o ensaio de prova de carga dinâmica.

AT: Essa relutância seria justificável no caso da prova de carga com impacto de energia constante, porque a resistência assim obtida não caracteriza, com precisão suficiente, a carga de ruptura do sistema estaca-solo.

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Esse fato é reconhecido pelo Eurocode EC7 que atribui maiores valores ao fator x de variabilidade da prova de carga dinâmica de altura constante quando comparado aos mesmos fatores de variabilidade atribuídos à prova de carga estática.

Mas o aperfeiçoamento desse ensaio promovido por Aoki em 1989, resultando na prova de carga dinâmica com altura de queda crescente (Dynamic Increasing Energy Test – DIET), possibilita obter uma curva resistência mobilizada × deslocamento, à semelhança do gráfico resultante de uma prova de carga estática.

Assim, em vez de um único ponto da curva (caso da energia constante), o que geralmente é inconclusivo para a capacidade de carga, tem-se a curva passando por vários pontos (energia crescente), cuja interpretação resulta no valor de capacidade de carga do sistema estaca-solo.

A NBR 13208 (ABNT, 2007) aceita os dois procedimentos para a prova de carga dinâmica, mas lamentavelmente não alerta para a ampla vantagem da energia crescente em relação à energia constante.

CT: No Brasil, o ensaio mais utilizado (e muitas vezes o único) para o projeto de fundações é o SPT (Standard Penetration Test), comumente designado como sondagem.

É trabalhado na obra que a sondagem deve ser modernizada para acompanhar o desenvolvimento de outros ensaios.

AT: A modernização dos ensaios SPT passa pelo emprego de sistemas mecanizados, em que é possível um maior controle do processo e uma menor dependência do operador. Nesse caso, merecem destaque os martelos automáticos, com o quais se tem um melhor controle e conhecimento da energia aplicada.

Destaca-se ainda a importância de se conhecer qual é o valor energia que chega ao amostrador, de modo que a interpretação dos resultados desse ensaio seja mais racional e confiável.

Um dos capítulos do livro mostra uma forma inovadora de interpretar esse ensaio, com destaque para a prova de carga estática após a medida de NSPT, para medir a eficiência do impacto. Além disso, nesse capítulo tem-se uma forma de medir o embuchamento do solo no amostrador e como usar essa informação na prática.

Essa proposição de como interpretar “o comprimento da amostra recuperada” constitui uma modernização brasileira de baixíssimo custo, que tenta acompanhar o desenvolvimento de outros ensaios originados no exterior que são desejáveis, extremamente importantes e mais sofisticados, porém ainda de difícil aplicação prática à nossa realidade.

CT: Algumas disposições normativas foram criticadas, como a obrigatoriedade de ensaio em 1% das estacas instituída na edição de 2010 da NBR 6122, acompanhada da exigência controversa de que as provas de carga sejam realizadas sempre no início da obra.

Expliquem mais sobre a citação de que esta normativa poderia constituir um duplo problema, pois, iria reduzir o fator de segurança global e desobrigar a avaliação de desempenho.

AT: É bem-vinda a obrigatoriedade de ensaios para obtenção de valores experimentais de capacidade de carga de sistemas estaca-solo. Uma quantidade maior que 1% seria desejável para ter uma melhor representatividade estatística desses valores de resistência.

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A controvérsia se estabelece na exigência de que as provas de carga sejam realizadas no início do estaqueamento. Primeiro, porque a definição de quais estacas serão ensaiadas deixa de ser totalmente aleatória, mas atendendo a critérios de locação e de cronograma. Segundo, porque previamente à execução das estacas poderá haver a informação de quais serão as ensaiadas. Terceiro, o bônus de poder reduzir o fator de segurança de 2,0 para 1,6. E quarto, desobrigar a realização de provas de carga após a execução do estaqueamento.

Como demonstrado no livro, a mera antecipação da prova de carga para o início do estaqueamento não pode implicar a redução do fator de segurança global – é um equívoco do pensamento determinístico que poderia ser revelado com provas de carga de verificação de desempenho. Por isso entendemos que reduzir fator de segurança e não realizar ensaio ao final do estaqueamento constituem um duplo problema.

CT: Qual a contribuição de Nelson Aoki para a evolução e aperfeiçoamento da prova de carga dinâmica?

AT: Sem dúvida alguma a contribuição de Nelson no aperfeiçoamento da prova de carga dinâmica foi a inclusão dos impactos de energia crescente, substituindo os impactos com energia constante.

Quando se analisa a forma da curva carga × recalque de uma prova de carga estática, constata-se que raramente ela apresenta o padrão de ruptura nítida, em que a curva se verticaliza a partir de um determinado valor de carga (recalques crescentes, mantido esse valor de carga). Na grande maioria dos casos, a curva é aberta, isto é, a resistência mobilizada aumenta com os recalques e vice-versa.

Quando se realiza a prova de carga dinâmica com energia constante, o modelo de interpretação impõe a ruptura nítida, com a resistência mobilizada para aquela energia, caracterizando a capacidade de carga do sistema estaca-solo.

Já com a energia crescente, cada valor de energia implica um novo valor de resistência mobilizada, o que resulta em uma curva de resistência mobilizada × deslocamento, geralmente uma curva do tipo aberta, que pode ser extrapolada e interpretada à semelhança do que se faz na curva da prova de carga estática.

É ilusória a expectativa de realizar a prova de carga dinâmica de energia constante com um martelo suficientemente pesado para mobilizar a máxima resistência estática do sistema estaca-solo – isso só pode ser obtido nos poucos casos de ruptura nítida.

Também não se deve esperar atingir essa máxima resistência estática com a energia crescente, pois, na maioria dos casos em que a curva é do tipo aberta, a resistência é crescente, sem definir um valor máximo. O limite passa a ser a resistência estrutural da estaca.


Saiba mais sobre ensaios estáticos e dinâmicos

Destinada aos estudantes de Engenharia Civil, Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos aborda os ensaios estáticos e dinâmicos realizados no âmbito das fundações. Aborda tanto os ensaios de investigação geotécnica (SPT, CPT e CPTU) como as provas de carga estática e dinâmica, mais comumente realizadas em fundações por estacas.

Confira a degustação da obra aqui.

Capa do livro “Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos”, publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos”, publicação da Editora Oficina de Textos

Sobre os autores

José Carlos A. Cintra é engenheiro civil pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, onde também obteve os títulos de mestre e doutor em Geotecnia e livre-docente. É professor titular do Departamento de Geotecnia da EESC e atua na linha de pesquisa Engenharia de Fundações, com destaque para o tema Fundações em Solos Colapsíveis.

Nelson Aoki é engenheiro civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil e doutor em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP. É consultor de fundações em obras de engenharia civil e coautor de outros livros de fundações. Atua na linha de pesquisa Engenharia de Fundações, com destaque para os temas: segurança e probabilidade de ruína de fundações, fundações em estacas helicoidais, fundações submetidas a carregamento cíclico e modelagem física de estacas em centrífuga e em câmara de calibração.

Cristina de H. C. Tsuha é engenheira civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia e trabalhou em projetos e obras de fundações na Godoy & Maia. Cursou mestrado e doutorado em Geotecnia na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Fez estágio de pós-doutorado na Technical University of Grenoble (INPG) na área de fundações. Atualmente é professora na graduação e na pós-graduação na EESC-USP.

Heraldo L. Giacheti é engenheiro civil pela Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira da UNESP, mestre e doutor em Geotecnia pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP e livre-docente pela Faculdade de Engenharia de Bauru da UNESP. Na EESC-USP é professor colaborador da pós-graduação em Geotecnia, onde ministra a disciplina de ensaios in situ e instrumentação para fundações e orienta alunos de mestrado e doutorado.

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