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Geografia

As possibilidades de desextinção de espécies

janeiro 8, 2020
4 min de leitura

Quando um táxon (unidade taxonômica, essencialmente associada a um sistema de classificação científica) deixa de existir, diferentes funções ecológicas desempenhadas por ele também podem deixar de existir caso não sejam assumidas por outros seres vivos.

Esse cenário pode ser profundamente alterado em um futuro próximo graças aos avanços da biologia molecular no que se refere às técnicas de clonagem. Caso seja possível a obtenção de amostras de DNA do táxon extinto, pode-se trazer novamente à vida indivíduos desse táxon, a fim de garantir a sua reinserção dentro do ecossistema de onde desapareceram, dando início a uma estratégia que já vem sendo chamada de desextinção de espécies.

Cientistas norte-americanos envolvidos em um projeto intitulado Reviver e Restaurar (mais informações podem ser encontradas aqui) levantam uma possibilidade ainda mais espetacular: a de que a desextinção de espécies seja adotada para animais extintos no Pleistoceno, como o tigre-dentes-de-sabre (Smilodon fatalis), o mamute (Mammuthus primigenius), o pássaro dodô (Raphus cucullatus) e o tigre-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus), além de outras oito espécies incluídas na lista da desextinção.

Ilustração de mamutes, possível alvo das tentativas de desextinção de espécies.

O mamute é uma das espécies que a ciência gostaria de trazer de volta (Foto: Divulgação)

Segundo esses cientistas, a escolha das espécies como piloto do projeto levou em conta três questões centrais:

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  1. são espécies que desempenharam papel importante dentro do seu ecossistema e, portanto, recuperá-las pode ajudar a ciência a compreender melhor o funcionamento dessas teias de vida;
  2. são espécies das quais se dispõe de informações genéticas confiáveis e/ou que possuem parentes próximos vivendo até hoje;
  3. são espécies cuja reintrodução no ecossistema os cientistas julgam viável tanto para elas quanto para as demais espécies que com elas se relacionariam na cadeia alimentar.

Nessa perspectiva, um dos elementos centrais para a reintrodução das espécies é a condição de que o seu ambiente original esteja intacto ou ao menos possa ser restaurado para receber as espécies reintroduzidas, corrigindo-se as variáveis que podem ter contribuído para a sua extinção.

Um novo Jurassic Park

Certamente que a possibilidade de dar vida a um “Jurassic Park” do Pleistoceno enfrenta grande crítica de muitos geneticistas, que afirmam que não há informação genética suficiente para restabelecer a maior parte das espécies pretendidas.

A única possibilidade existente, segundo esses pesquisadores, seria a hibridização com descendentes vivos, ou seja, a introdução de algumas informações genéticas disponíveis dessas espécies ascendentes no código genético de espécies que se originaram delas. Ainda assim, não há nenhuma garantia de que a informação genética disponível seja suficiente até mesmo para produzir alguma modificação expressiva nas espécies atuais.

Em outras palavras, um elefante que recebesse as poucas informações genéticas disponíveis do seu ancestral, o mamute, muito provavelmente continuaria a viver e se reproduzir como um elefante.

Questões éticas e ecológicas surgem como barreira para a desextinção de espécies

Além disso, mesmo que fosse cientificamente viável a desextinção de alguma espécie que desapareceu há alguns milhares de anos, diversas outras questões de ordem ética e ecológica ainda persistem. Sabe-se que a teia ecossistêmica representa uma rede de interações de altíssima complexidade. As espécies estão ligadas, sempre, por interações ecológicas que evoluem com o tempo, as quais podem ser entre predadores e presas, entre parasitas e hospedeiros ou mesmo entre plantas e seus dispersores.

Os nichos vagos das espécies que se extinguem abrem a possibilidade de que novas espécies apareçam, assumindo as funções das espécies anteriores ou introduzindo novas funções que levam a transformações da paisagem natural ao longo do tempo.

Diante dessas condições, que impactos seria possível prever da reintrodução de espécies e funções que já foram substituídas na dinâmica ecológica do sistema? A reintrodução de espécies extintas poderia levar à extinção de espécies existentes?

Apesar disso, é muito provável que uma estratégia como essa possa ser completamente eficaz em uma perspectiva bem menos pretensiosa, para espécies mais conhecidas e recém-extintas, de modo que sua reintrodução não produziria desequilíbrios ecossistêmicos mais significativos, impedindo até mesmo que a sua ausência naquela teia ecológica desencadeasse o desaparecimento de outras espécies que a elas se associam.


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