Blog Ofitexto
  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja
Blog Ofitexto
  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja
      • Facebook
      • Instagram
      • Linkedin
Blog Ofitexto
FacebookXEmailLinkedInWhatsApp
Geografia

Índice DRIB: o que é e para que serve?

agosto 11, 2021
5 min de leitura

O Índice DRIB é uma proposta de adaptação do World Risk Index para a realidade dos municípios brasileiros. Acrônimo para Indicadores de Riscos de Desastres no Brasil, tem o objetivo de avaliar diferentes níveis de exposição e vulnerabilidade a riscos socioambientais, bem como a capacidade de enfrentamento que as populações dos territórios nestas condições terão. 

A premissa da corrida pelo desenvolvimento e pelo progresso atraiu muitas pessoas, a partir da década de 1980, a migrar dos territórios rurais para os grandes centros urbanos. Isso, aliado ao crescimento da população de maneira geral, levou as metrópoles a um inchaço que, nas últimas décadas, tem trazido consequências devastadoras, sobretudo para os moradores de regiões periféricas, de baixa renda. 

A má utilização dos recursos naturais, a distribuição inadequada da população nas grandes cidades, a falta ou ausência de planejamento urbano, a poluição e outros fatores têm agravado esses riscos e trazido sérios danos às pessoas. Neste cenário, desenvolveu-se o Índice DRIB, com o propósito de monitorar a suscetibilidade das populações aos riscos. 

Neste artigo, falaremos sobre como o Índice DRIB funciona na prática e outras medidas de prevenção de desastres no Brasil. 

Como funciona o Índice DRIB? 

Para avaliar e classificar os níveis de exposição e vulnerabilidade aos riscos, o Índice DRIB busca capturar e medir quatro componentes fundamentais. Estes são: 

Banner Ofitexto
  • Exposição;
  • Suscetibilidade; 
  • Capacidade de resposta; 
  • Capacidade de adaptação.

Eles são divididos em dois grupos, sendo o componente exposição pertencente à esfera dos perigos naturais e os demais componentes centrais de vulnerabilidade à esfera social. Entenda cada um dos elementos:

Exposição

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), este componente define elementos em espaços de risco, artefatos e pessoas que estão expostas a determinado perigo. Ou seja, se a população não está localizada em um espaço considerado potencialmente perigoso, não há risco de desastre. 

Este componente é necessário, mas não exclusivo. Isso significa que é possível que a pessoa ou grupo social esteja exposta ao risco, mas não necessariamente vulnerável a ele. No entanto, para estar vulnerável, é necessário, também, estar exposto. 

Deslizamento de terra em São Gonçalo, com detritos de construções bloqueando a via.

Deslizamento de terra em São Gonçalo (RJ) em 2020 (Foto: Vitor Abdala/Wikicommons)

Suscetibilidade

Outro componente do Índice DRIB é a suscetibilidade, que se refere, basicamente, à probabilidade que determinada comunidade tem de sofrer danos em virtude da ocorrência de fenômenos perigosos ou consequências das mudanças climáticas.

Considera-se que esse componente esteja diretamente ligado a características estruturais, como capacidade econômica, infraestrutura das instalações de determinada comunidade e situação nutricional. Por este motivo, esse item do índice fornece evidências básicas de vulnerabilidades específicas da sociedade. 

O componente suscetibilidade é dividido em quatro subcategorias: capacidade econômica e renda, pobreza e dependências, condições de moradia e infraestrutura pública. Estas servem para avaliar as condições de habitação, a exclusão social e a infraestrutura dos grupos sociais que estão expostos aos riscos. 

Capacidade de resposta

Este componente diz respeito à capacidade que um grupo ou sociedade tem de se organizar e utilizar ferramentas e recursos disponíveis para enfrentar desastres, emergências e condições adversas. 

A capacidade de resposta é considerado um conceito-chave na avaliação da vulnerabilidade das populações e pode ser medido em diferentes escalas a partir de diversas abordagens. Essa característica da forma de avaliação é o que permite que o risco global de desastre seja compreendido em uma escala local. 

Foto de enchente no município de Lauro de Freitas, com carros submersos e uma pessoa andando de caiaque no meio da rua.

Enchente no município de Lauro de Freitas (BA) em 2010 (Foto: SECOM Bahia/Wikicommons)

Adaptação

No Índice DRIB, este componente engloba capacidades e medidas que podem ser tomadas pelas sociedades para mudar e se transformar a fim de que tenham condições de lidar com as consequências negativas provocadas pelos perigos naturais e pelas mudanças climáticas. Esses mecanismos estão concentrados em recursos que possibilitam mudanças estruturais na sociedade.

O componente adaptação também é dividido em subcategorias para capturar aspectos da capacidade adaptativa das comunidades, que são: educação e pesquisa, equidade de gênero, status ambiental/proteção do ecossistema, estratégias de adaptação e investimentos. 

O que o Índice DRIB avalia? 

O índice avalia, prioritariamente, os riscos mais frequentes e amplamente distribuídos no Brasil, que são responsáveis pelos maiores danos à integridade física e propriedades das populações. 

De acordo com dados divulgados em pesquisa publicada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2013, entre os anos de 1991 e 2012, os desastres naturais mais frequentes e devastadores que tiveram registros oficiais no País foram secas, inundações e tempestades. Estes representaram, nesse período, 91,07% dos registos. Inundações bruscas, graduais e deslizamentos de terra causaram 87,15% de todas as mortes relacionadas a desastres nesse intervalo de tempo no Brasil. 

Seca em Sobradinho (BA) (Foto: Marcelo Casal Jr./Wikicommons)

Outras medidas para avaliação e prevenção de desastres

Anunciado oficialmente pela ex-presidenta da república Dilma Rousseff no início de 2012, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) é responsável por realizar o gerenciamento de informações obtidas a partir do monitoramento de radares meteorológicos e pluviômetros a respeito de possíveis ocorrências climáticas que possam ocasionar em desastres naturais. 

Inicialmente instalado no município de Cachoeira Paulista, no interior do Estado de São Paulo, em março de 2013, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação transferiu o Cemaden para o Parque Tecnológico de São José dos Campos. 

Riscos híbridos aborda em detalhes o Índice DRIB

Publicado pela livraria técnica Ofitexto no último mês de junho, Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais, discute temas que se relacionam aos perigos socioambientais aos quais a sociedade está exposta. 

Partindo da premissa de que os eventos catastróficos não são únicos, mas estão inter-relacionados, a obra discute os perigos hidrometeorológicos, vulnerabilidade, resiliência e gestão de riscos de desastres. 

Organizado por Francisco Mendonça, Riscos híbridos conta com artigos assinados pelos pesquisadores Elaiz Aparecida Mensch Buffon, Guillaume Fortin, Jose Luíz Zêzere, Norma Valenciano, Raquel Melo e Lutiane Queiroz de Almeida. A obra conta com um capítulo inteiramente dedicado ao Índice DRIB. 

Confira a degustação da obra clicando aqui!

Capa do livro “Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais”, publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais”, publicação da Editora Oficina de Textos

impactos ambientais políticas públicas prevenção de desastres

Você também pode gostar

Geografia

Geografia urbana e urbanização: desafios e dinâmicas das cidades modernas

A geografia urbana nos permite decifrar o que acontece nos bastidores das cidades — desde os becos até os grandes eixos de transporte — revelando relações de poder, desigualdades e oportunidades escondidas. O que...

7 horas atrás
Geografia

Geopolítica global: o jogo da influência territorial entre países

A geopolítica oferece a lente para compreender como os Estados atuam no palco global: quem domina rotas marítimas, quem controla reservas estratégicas, quem protege vulnerabilidades ambientais e quem projeta seu soft...

1 dia atrás

Categorias

  • Agronomia88
  • Arquitetura32
  • Engenharia Civil207
  • Geografia79
  • Geologia e Minas132
  • Meio Ambiente e Rec. Hídricos103
  • Geotecnologias36
  • Outros19

Matérias recentes

Imagem aérea de uma cidade com ruas largas, cruzamentos movimentados, prédios altos e árvores distribuídas entre as construções, representando a organização e o crescimento urbano.
Geografia urbana e urbanização: desafios e dinâmicas das cidades modernas
Termômetro de madeira marcando temperatura próxima de 50°C sob céu azul claro, representando calor extremo.
Climatologia: conceitos, áreas de atuação e livros essenciais para dominar a ciência do clima
Homem com chapéu e camisa vermelha caminhando por fileiras de plantação ao amanhecer
Agronomia: o conhecimento que alimenta o mundo – guia essencial para estudantes e profissionais
Barragem Teton
Filtros em Geotecnia: materiais granulares e geossintéticos
Ilustração digital de um globo terrestre composto por pontos luminosos azuis, com setas brancas ascendentes simbolizando conexão, tecnologia e crescimento global.
Geopolítica global: o jogo da influência territorial entre países
Desenho técnico em 3D de projeto arquitetônico sobre fundo azul com linhas brancas
Arquitetura e urbanismo: guia completo para transformar espaços com propósito
Imagem microscópica mostrando cadeias de bactérias esféricas em tons de verde sobre fundo azul, com luz brilhante ao centro, representando microrganismos e processos biológicos.
Protozoários x bactérias: principais diferenças entre esses seres
Duas mãos segurando placas de Petri — uma com folhas verdes de samambaia e outra com sementes germinadas — ao lado de um microscópio em uma bancada de laboratório.
Evolução biológica: evidências convincentes que comprovam a teoria da evolução
Mergulhador com equipamento de cilindro explora um recife de corais repleto de peixes tropicais coloridos, algas e formações marinhas vibrantes.
Ecossistemas aquáticos e biodiversidade: ameaças e caminhos para conservar
  • ads-visite-livraria-ofitexto.jpg

Blog da Editora Oficina de Textos

A Oficina de Textos publica livros universitários e profissionais e visa promover, consolidar e difundir Ciência e Tecnologia brasileiras.

  • facebook
  • instagram
  • linkedin

Inscrição Newsletter

Links Úteis

  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Próximos Webinars
  • Talks
  • Eventos
  • Política de Privacidade

© 2025 · Oficina de Textos · Todos os Direitos Reservados · Powered by DATAFY

  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja