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Meio Ambiente e Rec. Hídricos

Ecossistemas construídos e os engenheiros do meio ambiente

maio 12, 2015
4 min de leitura

Todos os organismos, por menores que sejam, mudam o meio ambiente com a sua presença e o seu uso de recursos. A maioria simplesmente usa os recursos disponíveis, fazendo com que a sua existência afete apenas alguns organismos próximos.

Os primeiros caçadores-coletores humanos podem ter compartilhado o meio ambiente dessa maneira, embora os primeiros seres humanos tenham se envolvido na extinção de alguns grandes mamíferos.

Outros organismos, por sua vez, causam efeitos tão grandes que são chamados de engenheiros do ecossistema, de acordo com Cliven. G. Jones, John. H. Lawton e Mosh Shachak no artigo “Organisms as ecosystem engineers” de 1994.

  • Os castores constroem represas que mudam o fluxo da água e transformam cursos d’água em piscinas que inundam a floresta circundante.
  • Os pica-paus furam árvores vivas ou mortas, criando lares para si e outros pássaros e animais, e abrem caminho, nas árvores vivas, para várias pragas e, nas árvores mortas, para a decomposição.
Fotos de um ninho de formigas, um pica-pau bicando uma árvore e um castor nadando em um rio. Os três são engenheiros dos ecossistemas construídos por eles.

Três engenheiros do ecossistema: castores, pica-paus e formigas (Imagem retirada do livro Ecossistemas urbanos, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

  • As árvores mudam os padrões de clima e fluxo da água à sua volta e soltam folhas que alteram as propriedades do solo e determinam quais outras plantas conseguem germinar e crescer.
  • As formigas cavam ninhos que alteram a estrutura do solo e o movimento da água dentro dele, cortam a vegetação em volta e importam alimentos e recursos num raio de muitos metros.

Dessa maneira, criam cidades com elevada densidade de indivíduos que permitem uma comparação reveladora com as cidades humanas.

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Esses animais e plantas transformam o meio ambiente, alterando o equilíbrio de um tipo de comunidade, como uma floresta com poucas plantas aquáticas, para outro, como um lago com poucas árvores. A agricultura pouco intensiva, na qual apenas uma porção relativamente pequena de terra é usada para produzir safras enquanto as terras intermediárias continuam a sustentar a flora e a fauna mais ou menos sem perturbações, pertence a essa categoria.

A transformação de ecossistemas pode ocorrer em vários graus. As mudanças podem ser sutis, como um furo numa árvore, ou extremas, como a substituição de um ecossistema inteiro. Um recife de coral pode transformar uma grande área de mar raso numa comunidade ricamente diversificada.

Uma planta não nativa, como o bromo-vassoura (Bromus tectorum), que hoje domina vastas extensões do oeste da América do Norte, pode substituir a flora e a fauna nativas por uma comunidade simplificada e menos diversificada. Mas foram os seres humanos modernos que dominaram a arte da substituição de ecossistemas.

As cidades podem transformar uma floresta sombreada numa paisagem de rochas expostas ou um deserto numa floresta sombreada. Essas cidades transformadas abrigam um conjunto de plantas e animais totalmente diferente da região circundante e alteram profundamente o tempo local e o movimento da água. A concentrada demanda humana de alimentos exige grandes áreas de agricultura de elevada intensidade e cria outro conjunto de novos meios ambientes dominados por espécies únicas, como milho, gado e soja.

Podem-se considerar os seres humanos como engenheiros definitivos do ecossistema, que criam toda uma série de mudanças simultâneas (represamento de rios, construção de casas, deslocamento de recursos, alterações do clima) em áreas muito grandes.

No entanto, os seres humanos agem como engenheiros no ambiente urbano não só modificando os recursos e materiais disponíveis no local, como fazem os castores ao cortar e deslocar árvores, mas também importando uma imensa quantidade de materiais, energia e nutrientes distantes e exportando os resíduos resultantes.

Durante a evolução humana, os povos trocaram as florestas pelo cerrado e se refugiaram em penhascos, cavernas e formações rochosas. As primeiras cidades, construídas com pedra natural, recriam muitos aspectos rochosos daqueles hábitats, embora não as novas estruturas de aço e vidro.

O outro componente do hábitat humano ancestral, o cerrado que mistura campo aberto e grupos de árvores, refletiu-se na mistura de gramados, jardins e árvores que formam as áreas periurbanas residenciais onde muitos preferem morar.

Nas áreas urbanas, os efeitos dos seres humanos nunca estão ausentes, quase por definição. Mas esses efeitos variam de intensidade na paisagem urbana e vão de ambientes preservados, como os parques, a ambientes transformados, como quintais e jardins, e ambientes substituídos, como edificações, ruas e aterros sanitários.


Para saber mais

Esta matéria foi retirada do livro Ecossistemas urbanos, de Frederick R. Adler e Colby J. Tanner, publicado pela Oficina de Textos. O livro apresentara os principais conceitos para o estudo do ecossistema urbano, como modificações de habitat, interações de processos ecológicos nas cidades e as reações provocadas pelos impactos antrópicos em ecossistemas. Inclui exercícios, perguntas e atividades de laboratório ao final de cada capítulo.

Capa de Ecossistemas urbanos.
biodiversidade conservação ambiental ecologia fauna

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