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Geografia

Geoparque Araripe: o único das Américas reconhecido pela Unesco

outubro 30, 2019
4 min de leitura

O conceito de geoparques surgiu a partir de um programa da Divisão de Ciências da Terra da Unesco visando à geoconservação de áreas de excepcional interesse para o conhecimento da história da Terra.

Geoparques são territórios de importância científica, ambiental, paisagística e cultural, em virtude da importância de seus valores geológicos, paleontológicos, arqueológicos, ecológicos e culturais. No caso desse geoparque, o único da América do Sul, sua área está essencialmente limitada pela porção cearense da Bacia do Araripe, compreendendo aproximadamente 5.000 km², no limite entre Ceará com Pernambuco, Piauí e Paraíba.

Foto de uma cachoeira baixa entre rochas no geoparque Araripe, com vegetação atrás.

Desde que o geoparque Araripe foi criado, em 2006, o território chama a atenção do órgão internacional por sua grande riqueza geológica, paleontológica, arqueológica e cultural (Fonte: Governo do Estado do Ceará)

A Bacia do Araripe

A Bacia do Araripe é multi‑histórica, com uma área de cerca de 12.000 km², cujos depósitos relacionam‑se especialmente com os primeiros estágios de evolução do Oceano Atlântico. As sucessões sedimentares de maior relevância internacional possuem quantidade e qualidade de preservação de seus fósseis, que a transformaram em um dos principais depósitos fossilíferos do mundo.

Foto preta e branca de uma floresta petrificada no geoparque Araripe, com troncos permineralizados de coníferas.

Floresta Petrificada do geoparque Araripe. Troncos permineralizados de coníferas, árvores comuns durante a Era Mesozoica, são encontrados em uma grande área do município de Missão Velha (CE) e registram um momento da evolução das plantas há 150 milhões de anos (Imagem retirada do livro Geoturismo, geodiversidade e geoconservação. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

A diversidade de fósseis representa um aspecto importante para o reconhecimento do geoparque Araripe. Em suas rochas carbonáticas de 110 milhões de anos, são encontradas as primeiras plantas com flores e uma profusão de invertebrados e vertebrados fósseis. Deve‑se dar destaque para os insetos, peixes, pterossauros e dinossauros, por vezes com seus tecidos moles ainda preservados.

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Estudo geológico no Geoparque Araripe

Outro fator importante em termos geológicos é o registro das primeiras ingressões marinhas que deram posteriormente origem ao Oceano Atlântico e que compreendem os maiores depósitos de gesso do Brasil. Esse recurso mineral é explorado industrialmente e possui influência na economia nacional.

As sucessões sedimentares que compõem a Bacia do Araripe, além de registrar um momento de grandes transformações ambientais no planeta, determinam atualmente a distribuição de aquíferos e a qualidade dos solos, aspectos importantes e definidores do modo de vida da população dessa região e de elementos culturais únicos.

A arte do Geoparque Araripe

A ocupação desse território, desde os povos indígenas cariris e, posteriormente, por europeus, resulta em uma grande diversidade de manifestações populares, por meio da arte e da religiosidade. A disponibilidade de recursos hídricos torna a região densamente povoada, com uma grande rede de cidades no sul do Ceará e com excelente oferta de serviços educacionais, comerciais, recreacionais e de transporte.

O estabelecimento do geoparque Araripe catalisa uma série de esforços voltados ao desenvolvimento regional, oferecendo diretrizes para a gestão do território, a preservação dos recursos naturais e a utilização da memória geológica como um dos meios de identidade da população que ali vive.

Mais 80 mil visitantes

O número estimado de visitantes em 2016, em nove geossítios, foi de 84.500 turistas. Por meio do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri (Universidade Regional do Cariri), direcionam‑se muitos dos esforços voltados à educação patrimonial e à difusão das Geociências, e, em 2016, a visitação contabilizada esteve em 28.161 visitantes.

Todavia, apesar de esse geoparque ter como destaque seu patrimônio paleontológico, a geodiversidade da região abrange também a geomorfodiversidade, a pedodiversidade e a hidrodiversidade, todas sob forte ameaça de degradação. Isso gera a necessidade premente de soluções relacionadas à geoeducação e a conscientização entre a população de localidades rurais e autoridades municipais para a necessidade de uma planificação de ocupação do território.


Para saber mais

Geoturismo, geodiversidade e geoconservação: abordagens geográficas e geológicas trata dos principais atributos dessa forma de turismo, destacando a importância do patrimônio geológico, a cartografia da geodiversidade, o papel do solo, os fósseis e avançando na implementação dos conceitos em geoparques, visitação em trilhas e o papel das comunidades locais.

Capa do livro “Geoturismo, geodiversidade e geoconservação”, publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Geoturismo, geodiversidade e geoconservação”, publicação da Editora Oficina de Textos

biodiversidade biogeografia conservação ambiental geoparque turismo

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