As rochas podem ser fundidas tanto experimentalmente como no interior da Terra, mas qual a origem do magma no interior da Terra?
O que é magma e como ele se forma na Terra?
O magma da Terra é uma mistura de minerais fundidos, gases e cristais que se origina no interior do planeta, principalmente no manto.
Esse material resulta da fusão parcial de rochas submetidas a altas temperaturas e pressões, em regiões onde o calor interno supera a resistência da estrutura mineral.
Com o tempo, ele se acumula em câmaras magmáticas, podendo subir até a superfície em forma de erupções.
A formação do magma está diretamente ligada à movimentação das placas tectônicas e à energia interna da Terra. Zonas de subducção, dorsais oceânicas e pontos quentes são exemplos de locais onde o magma é gerado.
A sua composição química, que inclui sílica, ferro, magnésio e outros elementos, determina a viscosidade e o comportamento das erupções.
Esse processo explica por que alguns vulcões apresentam explosões violentas, enquanto outros liberam fluxos mais tranquilos.
Características principais do magma e sua formação:
- origina-se pela fusão parcial de rochas no manto terrestre;
- é composto por minerais, cristais e gases dissolvidos;
- forma-se em câmaras magmáticas abaixo da crosta;
- sua composição química define o tipo de erupção.
O magma é encontrado geralmente entre 30 e 200 km de profundidade, em áreas onde o calor e a pressão são intensos.
Nessas regiões, o calor do interior da Terra supera o ponto de fusão das rochas, formando bolsões de material derretido.
Composição química: minerais, gases e tipos básicos
Existem três tipos principais de magma: basáltico, andesítico e riolítico. Cada um apresenta diferentes teores de sílica, o que interfere diretamente em sua fluidez e no estilo eruptivo.
Gases como vapor d’água, dióxido de carbono e enxofre também estão presentes, intensificando a energia das erupções.
Qual é a diferença entre magma e lava?
A diferença entre magma e lava está no local onde o material se encontra: magma é a rocha fundida no interior da Terra, enquanto lava é esse mesmo material quando atinge a superfície.
Esse contraste é fundamental para entender os processos vulcânicos e como eles afetam o relevo terrestre.
Quando o magma é expelido, a perda de pressão e gases provoca mudanças físicas. A lava flui pela superfície e resfria rapidamente, originando rochas vulcânicas.
Já o magma que permanece no interior pode resfriar lentamente, formando rochas plutônicas. Essa diferença explica a variedade de texturas e minerais encontrados em rochas ígneas.
Quando o magma se torna lava: localização e processo de extrusão
O magma torna-se lava no momento em que ultrapassa a crosta terrestre durante uma erupção. Esse processo pode acontecer em vulcões ativos ou em fissuras, espalhando grandes volumes de material derretido.
Estrutura e tempo de resfriamento: rochas plutônicas vs vulcânicas
O resfriamento rápido da lava forma rochas extrusivas, como o basalto, com cristais pequenos. Já o magma que esfria lentamente no interior dá origem a rochas plutônicas, como o granito, com cristais visíveis.
Onde e em que condições o magma está presente na Terra?
O magma está presente em diferentes ambientes geológicos, sendo um dos motores da transformação contínua do planeta.
Sua presença ocorre em áreas onde o calor interno e a pressão interagem com a estrutura das placas tectônicas.
Câmaras magmáticas e zonas de fusão parcial
As câmaras magmáticas funcionam como reservatórios onde o magma se acumula antes de ser expelido. Elas estão localizadas em áreas de intensa atividade tectônica e podem permanecer estáveis por milhares de anos.
Relação com movimentação das placas tectônicas e atividade vulcânica
A movimentação das placas tectônicas é o principal fator que controla a presença do magma. Nas dorsais oceânicas, por exemplo, o magma sobe para formar nova crosta. Já nas zonas de subducção, a fusão de rochas gera magmas mais viscosos e explosivos.
Que tipo de rochas se formam quando o magma esfria?
O resfriamento do magma gera diferentes tipos de rochas ígneas, que podem ser intrusivas ou extrusivas. Esse processo é essencial para a formação da crosta terrestre e explica a diversidade mineral encontrada.
Rochas intrusivas (granito, diorito, etc.)
Quando o magma esfria lentamente no interior da crosta, então, forma rochas intrusivas com cristais grandes e bem definidos. Granito e diorito são exemplos clássicos.
Rochas extrusivas (basalto, riolito)
Se o resfriamento ocorre rapidamente na superfície, portanto, formam-se rochas extrusivas, como basalto e riolito. Essas rochas possuem cristais pequenos e textura mais uniforme.
Por que estudar a origem do magma é importante para entender a geologia?
Estudar a origem do magma é fundamental porque esse material explica a dinâmica da Terra e a formação de novos terrenos.
O conhecimento sobre sua composição e comportamento ajuda a prever erupções e compreender a evolução da geologia do planeta.
Papel do magma na dinâmica da crosta e formação da litosfera
O magma é responsável pela reciclagem contínua da crosta, assim, criando novas porções de litosfera nas dorsais oceânicas e remodelando o relevo. Desse modo, esse ciclo garante que a Terra permaneça em constante transformação.
Implicações ambientais e geológicas
Além da formação do relevo, o magma influencia diretamente a disponibilidade de recursos minerais. Depósitos de cobre, ouro e outros metais têm origem em processos magmáticos, tornando seu estudo relevante também para a economia.
Como saber qual é a profundidade de um magma?
Vários indicadores podem ser usados para nos indicar em qual profundidade um magma que alcança a superfície teve sua origem.
Podemos usar estudos remotos, como os sinais sísmicos, para determinar onde o magma se move em profundidade e também para delimitar áreas onde ele é gerado, porque certos sinais sísmicos diminuem quando atravessam zonas parcialmente fundidas e não penetram em líquidos.

(Fonte: Pixabay)
Os vulcões proporcionam uma janela para o interior da Terra e é por meio de seus produtos (lavas, púmices e cinzas) que as origens do magma são entendidas.
As lavas derramadas na superfície muitas vezes contêm cristais que se formaram em profundidade e podem conter também fragmentos de outras rochas que foram arrancados durante a ascensão do magma, denominados xenólitos.
Esses xenólitos podem fornecer informações sobre a profundidade que o magma atravessou e sobre seu caminho até a superfície.
A composição química da lava e os tipos de gases exalados pelo vulcão também podem fornecer pistas da profundidade de formação do magma.
Kimberlitos
Esses são formados por magmas gerados em grande profundidade, sendo que o mais famoso está localizado em Kimberley, na África do Sul.
São especiais porque podem conter diamantes e outros minerais formados em altas pressões. Esses minerais se cristalizam em profundidades de 150 km a 450 km.

Kimberlito é vulgarmente conhecido como a rocha que contêm diamantes (Fonte: Wikimedia Commons)
Em magmas mais comuns, por exemplo, gerados em profundidades menores, a determinação da profundidade de formação é mais difícil devido à ausência de minerais indicadores, como o diamante.
Nesses magmas, cristais comuns podem muitas vezes fornecer informações sobre a profundidade em que se gerou o magma.
Zoneamento químico no cristal
Observações do interior desses cristais revelam como eles cresceram. Esse crescimento é demonstrado por diferenças de composição química do núcleo para a borda do cristal, semelhantes aos anéis de crescimento em troncos de árvores.
Como os anéis de crescimento da árvore nos contam sobre o ambiente no qual a árvore cresceu, o zoneamento químico no cristal nos conta acerca das condições do magma durante sua cristalização.

Zoneamento em um cristal e em uma árvore. O zoneamento em um cristal é semelhante aos anéis de crescimento de uma árvore. Cada faixa mostra o crescimento progressivo do mineral e da árvore e pode fornecer informações valiosas sobre seu histórico (Imagem retirada do livro Introdução à vulcanologia, Ed. Oficina de Textos.) Todos os direitos reservados.
Primeiramente, observamos os cristais maiores da rocha que foram os primeiros a cristalizar no magma, ainda em profundidade.
Eles nos auxiliam a construir um quadro que mostra a origem do magma e sua trajetória através da crosta e assim, podem aprisionar gotas de magma em seu caminho para a superfície.
Essas inclusões líquidas representam o magma inicial e sua composição química também pode auxiliar na determinação da profundidade da fusão. Esses dados revelam que a maioria dos magmas se forma na Terra entre 50 km e 200 km de profundidade.
Essa profundidade é relativamente rasa se pensarmos no tamanho do planeta, e isso está diretamente relacionado ao sistema de tectônica de placas que opera na porção externa da Terra.
Qual livro ler sobre o assunto?
Para se aventurar ainda mais pelo fascinante mundo dos vulcões, veja em nossa livraria técnica o livro Introdução à Vulcanologia.
Nele, o cientista Dougal Jerram responde a questões como: O que são os vulcões? Como os vulcões se relacionam com as placas tectônicas e o movimento de continentes? Como eles afetam o clima da terra? É possível prever erupções?
O que mais saber sobre magma?
Veja, então, as dúvidas mais comuns sobre o assunto.
O que é magma?
Magma é uma mistura de rochas derretidas, minerais e gases que se formam no interior da Terra.
Qual a diferença entre magma e lava?
O magma está no interior da Terra, enquanto a lava é o magma que atinge a superfície.
Onde se encontra o magma na Terra?
Ele está em em câmaras magmáticas, geralmente entre 30 e 200 km de profundidade.
Quais rochas se formam pelo resfriamento do magma?
Granito e diorito são intrusivas; além disso, basalto e riolito são extrusivas, todas formadas pelo resfriamento.
Por que o magma é importante para a geologia?
Ele explica a reciclagem da crosta, bem como, a formação da litosfera e a origem de depósitos minerais valiosos.
Resumo desse artigo sobre magma
- O magma se forma pela fusão parcial de rochas no manto e acumula-se em câmaras subterrâneas;
- Quando chega à superfície, então, transforma-se em lava e origina rochas vulcânicas;
- O resfriamento lento ou rápido do magma gera diferentes tipos de rochas ígneas;
- A movimentação tectônica controla a geração e a subida do magma;
- O estudo do magma é vital para entender a geologia, prever erupções e explorar recursos minerais.