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Geologia e Minas

Clivagem: você sabe o que significa?

2 meses atrás
8 min de leitura

O termo clivagem refere-se à propriedade que uma rocha tem de romper-se ou clivar em superfícies aproximadamente paralelas.

O que é clivagem nos minerais?

A clivagem nos minerais é a capacidade que certos cristais possuem de se dividir de maneira regular, seguindo superfícies paralelas aos planos de sua estrutura cristalina. 

Esse processo na geologia resulta da força desigual das ligações químicas dentro do cristal, que são mais fracas em algumas direções. 

Assim, quando submetido a pressão, o mineral tende a se partir exatamente nesses planos de fraqueza. Esse comportamento é essencial para diferenciar minerais que, visualmente, podem parecer semelhantes, mas apresentam respostas distintas ao impacto.

Por que a estrutura cristalina determina os planos de clivagem 

A organização geométrica dos átomos em um cristal define onde a clivagem será possível. Minerais como a mica, por exemplo, apresentam estrutura em camadas, o que permite que se dividam facilmente em lâminas finas. 

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Já minerais como a halita se quebram em cubos perfeitos devido à simetria cúbica de sua rede cristalina. Essa relação direta entre estrutura e clivagem torna o estudo da cristalografia indispensável para compreender o comportamento dos minerais.

Diferença entre clivagem e fratura

Embora muitas vezes confundidos, os conceitos de clivagem e fratura são distintos. A fratura ocorre quando o mineral se parte de maneira irregular, sem seguir planos definidos, como acontece no quartzo. 

Já a clivagem é previsível, repetitiva e segue as orientações da estrutura cristalina. Essa distinção é fundamental na identificação de minerais em campo e em laboratório.

Quais são os tipos de clivagem?

Existem diversos tipos de clivagem, classificados de acordo com a forma como o mineral se divide e com a simetria da sua estrutura. Essa classificação é uma ferramenta prática usada por mineralogistas, gemólogos e engenheiros.

Classificação cristalográfica

Entre os principais tipos estão, por exemplo, a clivagem basal, prismática, cúbica, romboédrica e octaédrica. Cada uma delas está relacionada ao sistema cristalino do mineral e à maneira como os átomos estão organizados.

Exemplos de minerais com cada tipo

A clivagem basal aparece em minerais como a mica, que se separa em lâminas. Além disso, a clivagem cúbica é observada na halita e na galena, que se partem em cubos. 

Já a clivagem romboédrica é típica da calcita, que forma losangos ao se dividir. Já a octaédrica pode ser encontrada na fluorita, revelando simetria em formas triangulares.

O que é clivagem e quais as suas características em rochas metamórficas?

A clivagem abrange um subgrupo de foliações – nem todas as rochas foliadas se rompem preferencialmente ao longo de sua foliação.

Ocorrem em rochas metamórficas de grau incipiente a muito baixo (até xisto verde baixo) e em gnaisses micáceos ou xistos na forma de crenulação tardia.

Tanto a clivagem como a crenulação são penetrativas em escala de amostra de mão e o espaçamento entre os elementos planos é variável.

Se a distância for maior que 1 mm e os planos forem perceptíveis em amostra de mão como superfícies ou zonas individuais, é denominada espaçada (ver figura abaixo).

Espaçada em calcário (Formação Twin Creek) no Cinturão Sevier, Thomas Fork, Wyoming, EUA. A clivagem se formou durante encurtamento paralelo ao acamamento e é perpendicular à direção de encurtamento (Z). A mão de Arlo Weil aparece na imagem como escala).

Espaçada em calcário (Formação Twin Creek) no Cinturão Sevier, Thomas Fork, Wyoming, EUA. A clivagem se formou durante encurtamento paralelo ao acamamento e é perpendicular à direção de encurtamento (Z). A mão de Arlo Weil aparece na imagem como escala) (Imagem retirada do livro Geologia Estrutural – 2ª ed. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

A estrutura será uma clivagem contínua se o espaçamento dos elementos planos for igual ou menor que 1 mm (à direita na figura abaixo).

Naturalmente, as rochas com uma foliação contínua se partem em fatias ou lascas mais finas que as rochas com foliações espaçadas.

Ilustração de tipos de clivagem.

Tipos de clivagem disjuntiva. Estilolíticas (calcários) e anastomosadas (arenitos) são, em geral, espaçadas; as clivagens contínuas em rochas de granulação mais fina são divididas em variantes ásperas e lisas, sendo que uma áspera pode evoluir para uma clivagem lisa (Imagem retirada do livro Geologia Estrutural – 2ª ed. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

Não se deve confundir a clivagem de rochas com a clivagem de minerais, que é a tendência de um mineral romper-se ao longo de planos cristalográficos específicos.

Clivagem de fratura

O termo indica fraturas em pequenos intervalos em rochas não metamorfizadas ou de grau metamórfico muito baixo, acima de tudo, em calcários e arenitos.

Elas podem formar-se por fraturamento de planos preexistentes. A clivagem ordinária se dá por contração perpendicular aos planos de clivagem. Envolvem extensão através de seus planos; elas são, portanto, mais bem classificadas como um arranjo de fraturas de pequena escala.

Duas fotos de clivagem ardosiana em transição para clivagem disjuntiva espaçada.

Imagem retirada do livro Geologia Estrutural – 2ª ed. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos.

As fraturas de cisalhamento também ocorrem próximo umas das outras e suficientemente sistemático, que se assemelha a uma clivagem.

Esse tipo é muito restrito, tipicamente em núcleos de falha e zonas de dano. Há outros usos do termo na literatura e, portanto, é melhor evitá-lo para não causar mal-entendidos.

Como é descrita a qualidade da clivagem?

A qualidade da clivagem dos minerais varia de perfeita a ausente, assim, refletindo o grau de facilidade com que o mineral se parte. Essa avaliação é um parâmetro essencial em classificações cristalográficas.

Perfeita, boa, imperfeita, ausente: conceitos e critérios 

Quando a clivagem é perfeita, como na mica, por exemplo, o mineral se divide facilmente em superfícies lisas e brilhantes. Já quando é boa, como na calcita, as divisões são claras, mas nem sempre formam superfícies tão planas. 

Nos casos de clivagem imperfeita, as superfícies aparecem menos definidas, enquanto em minerais como o quartzo, a clivagem está ausente.

Exemplos práticos para identificação

A mica é referência em clivagem perfeita; por outro lado, a calcita ilustra a boa clivagem; o feldspato representa a imperfeita e o quartzo é exemplo clássico de ausência. Essa sequência de exemplos ajuda estudantes e profissionais a identificar rapidamente minerais em campo.

Como é o processo de clivagem natural versus induzida?

O processo de clivagem pode acontecer de forma espontânea na natureza ou ser induzido em laboratório e na indústria. Essa diferença é importante porque mostra a aplicação prática do fenômeno além do ambiente natural.

Clivagem espontânea em rochas versus lapidação manual em gemas

Na natureza, ela ocorre devido a pressões tectônicas ou impactos mecânicos. Já em gemologia, a clivagem tem sua exploração de forma manual para dividir pedras preciosas em fragmentos menores, aproveitando sua orientação cristalina.

Importância da clivagem na indústria e na pesquisa geológica

Na mineração, ela auxilia na fragmentação natural de minerais, reduzindo custos de extração. Em laboratórios, ela é usada para estudar a estrutura interna e classificar amostras. Assim, além de sua relevância acadêmica, a clivagem tem valor econômico direto.

Como diferenciar entre clivagem tectônica e foliação original? 

A tectônica resulta de deformações que reorientam os minerais, criando superfícies de fácil fratura. 

Já a foliação original, por outro lado, corresponde ao alinhamento natural dos minerais durante a formação da rocha. Saber distinguir ambos é essencial para interpretar a história geológica de uma região.

Exemplos em xistos, gnaisses e outras rochas

Os xistos apresentam clivagem evidente, marcada pela disposição paralela de minerais lamelares. Já os gnaisses, embora foliados, mostram clivagem menos acentuada. 

Esses exemplos práticos ajudam a entender como pressões diferentes geram resultados distintos nas rochas metamórficas.

Quais são as aplicações práticas da clivagem?

Ela está presente em diferentes áreas, como, por exemplo, mineração à engenharia civil. Seu conhecimento permite prever o comportamento dos minerais durante processos técnicos e industriais.

Na mineração, identificação de minerais, engenharia civil

Minerais com clivagem definida podem ser aproveitados na produção de materiais de construção e na confecção de gemas. Em engenharia, entender como as rochas se partem ajuda a planejar cortes e escavações com segurança.

Relevância para a exploração mineral e uso em materiais geológicos

Saber quais minerais têm clivagem resistente ou frágil pode ser decisivo em projetos de grandes obras. Assim, na exploração mineral, essa característica separa os minerais de interesse econômico, tornando os processos mais eficientes:

  • mineração: redução de custos e fragmentação natural;
  • engenharia: segurança em escavações e cortes de rochas;
  • gemologia: aproveitamento de gemas preciosas.

Qual obra ler sobre o assunto?

Ricamente ilustrado em cores, Geologia Estrutural – 2ª ed. aborda de forma prática e didática os principais tópicos da disciplina, incluindo Geologia do petróleo e de águas subterrâneas, destacando a importância da Geologia Estrutural na exploração e produção desses recursos.

Resumo desse artigo sobre clivagem

  • A clivagem dos minerais ocorre devido à estrutura cristalina e revela planos de fraqueza;
  • Os tipos de clivagem incluem basal, cúbica, romboédrica e octaédrica, com exemplos práticos;
  • A qualidade da clivagem varia de perfeita a ausente, sendo usada para identificar minerais;
  • O processo de clivagem tem aplicações na mineração, gemologia e pesquisa científica;
  • Nas rochas metamórficas, a clivagem tectônica ajuda a interpretar pressões e processos geológicos.

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