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Geologia e Minas

Campo magnético terrestre e suas anomalias

3 semanas atrás
9 min de leitura

O campo magnético da Terra funciona como uma proteção da radiação espacial, interagindo com elas e desviando-as de sua trajetória inicial. Por isso, pode-se dizer que a Terra se comporta como um ímã gigante.

O que é o campo magnético?

O campo magnético é uma região do espaço onde forças invisíveis atuam sobre partículas carregadas e materiais magnéticos. 

Ele é gerado pelo movimento de cargas elétricas, como acontece em fios percorridos por corrente elétrica ou no núcleo terrestre. 

Sua presença é detectada pela forma como afeta bússolas, ímãs e até mesmo tecnologias modernas como motores e geradores. Entender esse fenômeno é essencial porque ele está presente em diversos aspectos da vida cotidiana e na natureza.

Como se forma o campo magnético?

O campo magnético surge sempre que há movimento de cargas elétricas, seja em pequena escala, como em um fio, ou em grandes proporções, como no planeta Terra. 

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Esse movimento cria linhas de força que se organizam em torno da corrente, definindo direção e intensidade. Esse comportamento explica por que todo ímã possui polos norte e sul, independentemente do seu tamanho.

Quais são os efeitos do campo magnético?

Os efeitos do campo magnético aparecem quando ele interage com outros materiais ou campos. Ele pode:

  • atrair objetos metálicos;
  • induzir corrente elétrica em condutores;
  • alterar a trajetória de partículas carregadas. 

Essa força invisível tem aplicações diretas em dispositivos eletrônicos, usinas de energia e até exames de ressonância magnética.

O que caracteriza o campo magnético terrestre?

O campo magnético da Terra possui características únicas que o diferenciam de outros campos magnéticos naturais ou artificiais. 

Ele tem polos magnéticos distintos, apresenta variações de intensidade e se estende por milhares de quilômetros além da superfície. Sua forma lembra a de um imenso ímã inclinado em relação ao eixo de rotação do planeta.

Onde estão localizados os polos magnéticos? 

Os polos magnéticos não coincidem exatamente com os polos geográficos, o que causa pequenas diferenças nas medições de bússolas. 

Atualmente, o polo norte magnético se encontra em movimento, deslocando-se alguns quilômetros por ano em direção à Sibéria. Esse deslocamento é acompanhado por cientistas porque pode afetar sistemas de navegação.

Como a intensidade do campo magnético varia?

A intensidade do campo magnético terrestre não é uniforme. Ela varia conforme a latitude, sendo mais forte nas regiões polares e mais fraca na linha do equador. 

Além disso, existem anomalias, como a Anomalia do Atlântico Sul, onde a intensidade é significativamente menor.

Ilustração do interior da Terra em corte, mostrando o núcleo brilhante e incandescente cercado por camadas de magma e manto, responsável pela geração do campo magnético terrestre.
O campo magnético terrestre surge a partir de seu núcleo externo, composto de níquel e ferro

O que é a inversão do campo magnético?

A inversão do campo magnético é um fenômeno natural em que os polos magnéticos da Terra trocam de posição. Isso significa que o polo norte se torna sul e o polo sul se torna norte. 

Esse processo já ocorreu diversas vezes ao longo da história geológica e é registrado em rochas que preservam a orientação magnética da época de sua formação. 

Embora cause curiosidade e certo temor, não há evidências de que represente um risco direto para a vida.

Como os cientistas descobrem as inversões magnéticas?

As evidências de inversões vêm do estudo de rochas basálticas formadas em dorsais oceânicas. Quando a lava esfria, os minerais ricos em ferro se alinham ao campo magnético existente. 

Assim, a análise dessas rochas revela padrões alternados de orientação, registrando um verdadeiro calendário de inversões ao longo de milhões de anos.

O que pode acontecer durante uma inversão magnética?

Durante uma inversão, o campo magnético não desaparece totalmente, mas se enfraquece e pode apresentar múltiplos polos temporários. 

Isso poderia impactar satélites, sistemas de comunicação e até aumentar a incidência de radiação na atmosfera. No entanto, a vida na Terra já atravessou inúmeras inversões sem consequências catastróficas.

Qual é a intensidade do campo magnético terrestre?

A intensidade do campo magnético terrestre se mede em nanoTeslas e varia conforme a região do planeta. 

Em média, ela se mantém entre 25.000 e 65.000 nT, valores suficientes para proteger a Terra de partículas solares. 

Essa intensidade, entretanto, não é constante ao longo do tempo e sofre alterações graduais conhecidas como variações seculares.

Como se mede a intensidade?

Mede-se a intensidade do campo magnético com instrumentos chamados magnetômetros. Eles são utilizados em observatórios terrestres e em satélites que monitoram o campo ao redor do planeta. 

Esses dados permitem acompanhar mudanças regionais e globais, fundamentais para previsões e estudos.

Quais fatores influenciam a intensidade? 

A intensidade depende da movimentação do núcleo terrestre e das condições geológicas locais. 

Áreas com grandes depósitos minerais ou variações estruturais podem apresentar intensidades diferentes. Além disso, interações com o vento solar também exercem influência temporária.

Por que a intensidade está diminuindo? 

Estudos indicam que a intensidade do campo magnético vem diminuindo ao longo dos últimos séculos. 

Esse enfraquecimento pode estar relacionado ao deslocamento dos polos e a possíveis preparativos para uma inversão futura. Embora o processo seja lento, sua observação é vital para o planejamento tecnológico e científico.

Como funcionam os polos magnéticos da Terra e por que são positivo e negativo?

Segundo o livro Geofísica de exploração, nas vizinhanças de uma barra magnética desenvolve-se um fluxo magnético que flui de uma extremidade a outra, sendo essas extremidades conhecidas também como polos.

Na Terra, o polo do magneto que tende a apontar na direção do polo norte é o norte magnético ou polo positivo. Este polo é balanceado por um sul magnético ou polo negativo de força idêntica, que fica na extremidade oposta do magneto.

Ilustração do campo magnético terrestre, com o norte geográfico coincidindo com o sul magnético, e o sul geográfico coincidindo com o norte magnético.

Campo magnético terrestre e suas anomalias

Este fluxo magnético descreve a estrutura do campo magnético. A agulha da bússola aponta ao longo de uma linha de campo. Quanto mais próximas às linhas de campo, maior será a sua intensidade e, quanto mais afastado, mais fracos os campos magnéticos.

A força desses campos pode ser definida por constantes correspondentes à permeabilidade magnética do vácuo e à permeabilidade magnética relativa do meio que separa os polos.

Com isso, as forças podem ser atrativas se os polos forem de sinais diferentes, ou repulsivas se forem do mesmo sinal.

Embora ainda não exista uma hipótese concreta para a origem do campo magnético terrestre, a teoria mais aceita diz que ele se origina das intensas correntes elétricas que circulam seu interior, e não da existência de grande quantidade de ferro magnetizado também em seu interior.

Por que o campo magnético é importante para a geofísica?

Os geofísicos estudam o comportamento do campo geomagnético da terra, que consiste em um conjunto de fenômenos resultantes das propriedades magnéticas das rochas.

Essas pesquisas são tanto para a redução de dados magnéticos para um datum apropriado quanto para a interpretação das anomalias resultantes dos processos.

Além disso, o campo geomagnético é geometricamente mais complexo que o campo gravitacional da Terra, exibindo variações irregulares que precisam de melhor compreensão.

Anomalia Magnética do Atlântico Sul 

Esse fenômeno, que acontece na região Sul do oceano Atlântico, passou a ser visível a partir da década de 1940 com o início da elaboração de mapas magnéticos.

Apesar disso, as causas dessa anomalia permaneceram desconhecidas até 2006, quando um estudo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP mostrou que um fluxo reverso no núcleo da Terra é o responsável pelo fenômeno.

A pesquisa foi elaborada pelo geofísico Gelvam Hartmann, que detectou pontos na região de encontro do manto e do núcleo terrestre, do fluxo reverso que se reflete na área da anomalia.

De acordo com a pesquisa divulgada pela FAPESP, essas áreas de campo magnético de intensidade muito baixa comportam-se como janelas, falhas na teia magnética que protege a Terra do fluxo de partículas do Sol e do universo.

Por isso, nessas regiões os astronautas ficam mais expostos à radiação, e há maior chance de ocorrer interferências nas ondas de rádio e problemas na transmissão de energia elétrica.

Apesar da descoberta, ainda não se sabe por que esse fenômeno acontece somente no Atlântico Sul. Atualmente, o Brasil está completamente dentro da área de abrangência da anomalia, e o seu centro encontra-se no Paraguai, mas, de acordo com Hartmann, há 400 anos ela se localizava no sul do continente africano e apresentava intensidades maiores.

Você sabia que a NASA divulgou a descoberta de portais no campo magnético terrestre?

Segundo o portal da agência americana, Jack Scudder, cientista da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, conseguiu identificar a presença dessas passagens no campo magnético terrestre por meio da análise de dados coletados pelas espaçonaves Themis e Polar da NASA e sondas espaciais da agência espacial europeia.

O cientista observou cinco combinações simples entre campo magnético e executou a medição de partículas que indicam a presença de portais, que, de acordo com Scudder, são pontos nos quais o campo magnético terrestre se conecta ao do Sol, criando uma passagem ininterrupta entre o nosso planeta e a atmosfera solar, que se encontra a 150 milhões de quilômetros.

Ainda segundo as observações, esses portais possuem diferentes tamanhos e se abrem e fecham diversas vezes por dia.

As passagens permitem a entrada de partículas capazes de aquecer as camadas mais externas da atmosfera do planeta, podendo desencadear tempestades geomagnéticas e dar origem às auroras boreais.

Qual obra ler sobre o assunto?

Se você gostou desta matéria, vai se interessar pela obra Geofísica de exploração, escrita por Philip Kearey, Michael Brooks e Ian Hill.

Em sua primeira edição em português, o livro procura suprir a deficiência de textos didáticos na área, que vem crescendo muito nos últimos 20 anos, seja pela expansão dos cursos de graduação e pós-graduação em Geofísica no País, seja pela explosão das áreas de pesquisa de petróleo e gás, além de outras aplicações.

Geofísica de exploração está disponível na livraria Ofitexto!

Entre os métodos geofísicos abordados, estão sísmica de reflexão e refração, eletromagnéticos e gravimétricos, todos com apresentações teóricas didáticas e exercícios que fornecerão ao leitor confiança na aplicação das técnicas geofísicas durante a aquisição, processamento e interpretação dos dados.

A obra é ideal para estudantes, professores e profissionais de geologia e de áreas técnicas e científicas que de algum modo utilizam aplicações geofísicas em seu trabalho.

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