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Geotecnologias

Análise da vegetação por SR apoia contra ações ilegais na floresta

junho 2, 2023
4 min de leitura

Pela análise da vegetação por imagens de sensoriamento remoto, podemos detectar focos de desmatamento ou avanço do garimpo, conforme explanado pelo geógrafo especializado em sensoriamento remoto, Gustavo Baptista.

O sensoriamento remoto (SR) e, em especial, a análise da reflectância da vegetação podem ser importantes ferramentas para identificar o avanço do desmatamento e de outras operações, como o garimpo na Amazônia e em outras florestas brasileiras.

Sensoriamento remoto é a ciência da aquisição de informações sem contato físico direto entre sensor e alvo. São as imagens obtidas por meio de satélites, por exemplo.

Mas como essas imagens chegam aos satélites? Por meio da luz que os materiais presentes na superfície terrestre não absorvem e refletem, explica Gustavo Baptista, geógrafo especializado em sensoriamento remoto:

“E há ainda a reflectância dos materiais, que é o estudo de por que os alvos refletem a luz daquela maneira. Isso depende da composição do material, da quantidade, das interferências que ele sofre e tantas outras variáveis. É a reflectância dos materiais que permite analisar os detalhes do que está sendo mostrado nas imagens de satélite”.

Quando são analisadas imagens de áreas mais preservadas, como é o caso de grandes biomas, como a Amazônia, a presença da vegetação é predominante.

“Daí a importância de compreender o comportamento espectral da vegetação, ou seja, como a vegetação reflete”, destaca Baptista. “Com base na análise dessas imagens e nos padrões de mudança é que podemos detectar focos de desmatamento ou avanço do garimpo, por exemplo”.

Análise da vegetação

Existem, atualmente, parâmetros para ajudar na análise da vegetação. São os chamados índices de vegetação, que começaram a ser criados na década de 1970. 

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E há, no Brasil, uma necessidade constante de analisar e discutir processos de degradação. Isso porque o Brasil é conhecido internacionalmente como um país que desmata e queima os seus biomas. 

Gustavo Baptista faz parte de grupos de pesquisas que discutem processos relacionados, entre outros temas, a incêndios florestais.

“Durante a pandemia, com as pessoas reclusas, constatou-se uma redução dos focos de incêndio em Portugal”, relata. “Aqui foi o oposto. Com a fiscalização minimizada, houve um aumento generoso nos últimos anos de queimadas como consequência do desmatamento. Especialmente na Amazônia e no Pantanal, há um processo de desmatamento seguido de queima”.

Estudo de caso – garimpo na Amazônia

Em função de uma reportagem exibida no Fantástico sobre mineradoras que tinham conseguido licenças ambientais municipais para executar atividade de garimpo, porém em unidades de conservação, Gustavo resolveu analisar as imagens de satélite naquele local. Com imagens de alta resolução de 2017 a 2022, foi realizado um estudo de verificação.

“Utilizamos uma técnica chamada modelo linear de mistura espectral. Cada unidade de uma imagem de satélite é formada por uma parte de água, uma parte de vegetação e uma parte de solo. Aplicamos técnicas para decompor e dizer quanto tem de água, quanto de solo e quanto de vegetação. Em seguida, aplicamos os dados, separamos o que era vegetação e, aí sim, foi possível detectar a mudança, observando os vetores de alteração”.

O geólogo explica que, na área analisada, o garimpo normalmente está associado a leitos de rio. E o que chamou a atenção dos pesquisadores foi justamente a expansão do leito.

“Detectamos um aumento substancial no desmatamento para exploração. Isso cria cicatrizes na mata. E numa área de conservação, que deveria ser preservada para as gerações futuras, para que as diversidades bióticas fossem preservadas. Existem, inclusive, estudos interessantes que mostram que, à medida que se queima uma área, reduz-se gradativamente a diversidade biológica, mesmo quando há rebrota”.

“É preciso que haja mais sustentabilidade. É preciso monitorar. Por isso o sensoriamento remoto é tão importante. Por isso a compreensão da reflectância dos materiais terrestres é tão importante”, finaliza.


Confira a entrevista exclusiva:

Saiba mais sobre reflectância dos materiais terrestres

Foi por entender a relevância do tema que Gustavo Baptista, juntamente com Paulo Roberto Meneses e Tati de Almeida, organizou o livro Reflectância dos materiais terrestres, publicado em 2019 pela Oficina de Textos.

O livro é a principal referência no tema em língua portuguesa. Ele foi pensado para atender não apenas estudantes, que estão se aproximando das geotecnologias na graduação, mas também os profissionais que já atuam na área de sensoriamento remoto. É uma obra muito abrangente, que aborda os principais tópicos ligados à reflectância dos materiais com contribuições dos maiores pesquisadores brasileiros sobre a temática. 

Confira a degustação da obra aqui.

Capa do livro "Reflectância dos materiais terrestres", publicado em 2019 pela Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Reflectância dos materiais terrestres”, publicado em 2019 pela Editora Oficina de Textos

Sobre o autor

Geógrafo, mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos e doutor em Geologia, Gustavo Baptista é professor da Universidade de Brasília. Apaixonado pelo sensoriamento remoto, buscou formas de levar o conhecimento para além da universidade. Criou o podcast O Fascinante Mundo do Sensoriamento Remoto, que já conta com mais de 130 episódios, e tem um canal no YouTube com mais de 4 mil inscritos, onde ministra aulas sobre o tema.

cobertura vegetal sensoriamento remoto vegetação

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