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Meio Ambiente e Rec. Hídricos

Classificação da água quanto à salinidade

2 meses atrás
8 min de leitura

As águas naturais possuem diversas classificações, além de existir padrões a fim de que a água seja considerada como potável.
Conheça esses padrões e os tipos de água que contemplam nosso planeta.

A United States Environmental Protection Agency (Usepa) estabelece padrões de salinidade para a água ser considerada potável. As águas naturais podem ser classificadas como doces, salobras e marinhas, a depender da concentração de sólidos totais dissolvidos.

O que é salinidade?

A salinidade é a quantidade de sais dissolvidos na água e, em geral, é expressa em gramas por litro ou em partes por mil. Esse conceito é fundamental para compreender fenômenos naturais, pois influencia diretamente a:

  • vida marinha;
  • clima; 
  • uso da água por comunidades humanas. 

Quando pensamos em rios, lagos ou oceanos, é a salinidade da água que determina a diferença entre água doce e salgada, tornando-se um parâmetro essencial em estudos ambientais e de sustentabilidade.

Plantas e animais aquáticos adaptaram-se a níveis específicos de sais, e mudanças bruscas podem ameaçar populações inteiras. 

Por exemplo, peixes do Brasil de água doce dificilmente resistem em águas oceânicas justamente por não suportarem altos níveis de sal.

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De forma prática, a salinidade também impacta diretamente o cotidiano humano. Agricultores precisam monitorar o nível de sais dissolvidos na água usada para irrigação, já que valores muito elevados prejudicam o crescimento das plantas. 

Da mesma forma, engenheiros ambientais utilizam o conceito para avaliar a potabilidade da água e planejar processos de dessalinização.

Como a salinidade é medida?

A medição da salinidade é feita com equipamentos específicos, como o medidor de salinidade, também chamado de salinômetro ou condutivímetro. 

Esse instrumento avalia a condutividade elétrica da água, já que os sais dissolvidos permitem a passagem de corrente elétrica. Em locais de pesquisa científica, essa medição é crucial para monitorar alterações em rios, estuários e oceanos.

Na prática, até mesmo aquaristas utilizam medidores de salinidade para garantir a sobrevivência de peixes ornamentais e corais. 

Um aquário marinho, por exemplo, precisa de níveis muito próximos aos do oceano, enquanto espécies de água doce exigem índices bem mais baixos. Pequenos erros podem comprometer todo o ecossistema artificial.

Tipos de medidores de salinidade

Existem diferentes tipos de medidores de salinidade, cada um adequado a uma situação:

  • hidrômetros: medem a densidade da água, refletindo a concentração de sais;
  • refratômetros: utilizam a refração da luz na água para determinar a salinidade;
  • condutivímetros: aparelhos digitais que medem a condutividade elétrica de maneira rápida e precisa;
  • kits químicos: soluções que alteram a cor da água segundo o teor de sal, usados em análises mais simples.
Mão com luva azul segurando tubo de ensaio para coleta de amostra de água em lago ou rio para análise de salinidade e qualidade.
O medidor de salinidade é usado para monitorar os níveis de sais

Qual é a explicação para a salinidade das águas oceânicas?

A salinidade dos oceanos ocorre principalmente pelo acúmulo de sais minerais levados pelos rios ao longo de milhões de anos. Quando a água da chuva cai sobre as rochas, provoca erosão, liberando íons como sódio, cálcio e cloro. 

Esses elementos são transportados até os oceanos, onde permanecem acumulados devido à evaporação, já que a água se transforma em vapor, mas os sais ficam retidos.

Esse processo, repetido de forma contínua, explica porque os mares são salinos, enquanto lagos e rios mantêm concentrações muito menores de sais. 

Além disso, fontes hidrotermais e atividades vulcânicas submarinas também liberam sais que enriquecem ainda mais os oceanos, criando um equilíbrio natural no meio ambiente.

Outra explicação está ligada à própria dinâmica climática. Regiões com maior taxa de evaporação, como áreas próximas aos trópicos, apresentam águas mais salgadas. 

Já em áreas polares, onde o derretimento do gelo dilui os sais, a salinidade tende a ser menor. Assim, cada oceano apresenta características únicas.

Exemplos históricos e culturais ligados à salinidade dos mares

A influência da salinidade na história humana é imensa, pois ela foi determinante para atividades econômicas e culturais. 

Antigas civilizações usavam a água do mar para extrair sal, um recurso valioso que chegou a ser utilizado como moeda. A palavra “salário” tem origem justamente nesse produto, mostrando sua importância social.

Além disso, a salinidade dos oceanos influenciou as grandes navegações. Os navegadores sabiam que a água doce poderia ser escassa durante longas viagens e utilizavam técnicas rudimentares de dessalinização para sobreviver.

Quais fatores alteram a salinidade da água?

Diversos fatores contribuem para o aumento ou diminuição da salinidade da água em diferentes ambientes:

  • chuvas intensas reduzem a concentração de sais, diluindo a água;
  • altas taxas de evaporação aumentam a salinidade em regiões áridas;
  • derretimento de geleiras libera grandes volumes de água doce nos oceanos;
  • atividades humanas, como irrigação inadequada e despejo de resíduos, também modificam o equilíbrio salino.

Quais são os padrões de salinidade da água?

Com base nos padrões da United States Environmental Protection Agency (Usepa) de salinidade, para ser potável uma água deve possuir uma concentração de STD que não exceda 500 mg/L.

No entanto, uma concentração de até 1.000 mg/L pode ser considerada aceitável. No Brasil, a Resolução Conama n° 357 (Conama, 2005) adota a seguinte classificação:

  • doce: apresenta salinidade igual ou inferior a 0,05% ou ≈ 500 mg/L;
  • salobra: apresenta salinidade superior a 0,05% e inferior a 3,0% ou entre 500 mg/L e 30.000 mg/L;
  • salina: apresenta salinidade igual ou superior a 3,0% ou acima de 30.000 mg/L.
Tabela de classificação da salinidade da água em função da concentração de STD.

(Imagem retirada do livro “Dessalinização de águas”. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

Água doce

Na maioria dos casos, se uma fonte de água doce está disponível, o tratamento para produzir água potável para distribuição à população é relativamente barato. Em algumas regiões, o simples ajuste do pH e a desinfecção podem ser as únicas ações necessárias.

Em outras regiões, no entanto, esse recurso pode ser de má qualidade, exigindo tratamentos mais sofisticados. Nesses casos, uma fonte de água salobra pode servir de forma mais confiável e com menor custo.

Água salobra

Comparado com a dessalinização da água do mar, o tratamento da água salobra é muito mais dependente das condições locais. Águas interiores superficiais e subterrâneas apresentam variações na concentração de STD e em sua própria composição.

Espécies iônicas individuais podem variar significativamente mesmo dentro de uma única região de exploração.

Essa variação é importante no caso das águas subterrâneas, uma vez que as águas superficiais se renovam de modo constante. São necessárias análises cuidadosas e precisas, de preferência enquanto os poços estão em fase de bombeamento.

No caso das águas superficiais, as amostras devem ser coletadas quando as águas apresentarem as piores condições de qualidade. Ressalte-se que as águas subterrâneas podem ocasionalmente ter suas características modificadas de maneira inesperada.

Água salgada ou marinha

A concentração de sais dissolvidos em águas de mar aberto, cerca de 3,5% ou 35.000 mg/L, é bastante uniforme em todo o mundo.

Em áreas de elevada precipitação ou escoamento a partir da terra, como baías e enseadas (por exemplo, Tampa Bay, na Flórida), a concentração de STD é menor, enquanto em áreas de evaporação elevada, como o Mar Vermelho, no Golfo Arábico, essa concentração é maior.

Em todos os casos, a proporção relativa dos principais íons presentes em comparação com a concentração de STD da água do mar permanece incrivelmente constante.

Leia também: Arranjos esquemáticos dos processos de dessalinização

• Usinas de dessalinização

• Entrevista sobre o livro “Dessalinização de águas”

Como a salinidade da água do mar influencia o clima?

A salinidade da água do mar desempenha papel crucial no equilíbrio climático global. Águas mais salgadas são mais densas e, por isso, afundam mais facilmente, impulsionando a circulação oceânica. 

Esse movimento, em conjunto com as diferenças de temperatura, cria correntes que transportam calor e nutrientes por diferentes regiões do planeta.

Consequentemente, alterações na salinidade podem gerar mudanças climáticas de grande impacto. 

O excesso de água doce proveniente do derretimento de geleiras, por exemplo, pode reduzir a densidade da água marinha, enfraquecendo correntes como a do Atlântico Norte. 

Isso afetaria diretamente os padrões de chuva e as temperaturas na Europa e nas Américas.

Qual obra ler sobre o assunto?

Dessalinização de águas é uma obra de referência: o primeiro livro brasileiro totalmente dedicado a este assunto. Ele oferece alternativas para o enfrentamento de crises hídrica e evitar o desabastecimento.

Confira a degustação da obra aqui.

Capa do livro "Dessalinização de águas", publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Dessalinização de águas”, publicação da Editora Oficina de Textos

Resumo desse artigo sobre o que é salinidade

  • A salinidade representa a quantidade de sais dissolvidos na água e é essencial para a vida aquática e o clima;
  • O medidor de salinidade monitora os níveis de sais em rios, oceanos, aquários e até na agricultura;
  • A explicação para a salinidade das águas oceânicas está no acúmulo de sais transportados por rios e processos geológicos;
  • A salinidade da água do mar é bem mais alta que a de rios e lagos, afetando a densidade, a flutuabilidade e o clima global;
  • Alterações no equilíbrio da salinidade impactam ecossistemas, agricultura, saúde humana e até fenômenos climáticos globais.
água doce água potável qualidade das águas salinidade das águas

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