O furacão Katrina, ocorrido em agosto de 2005, foi um dos mais devastadores da história dos Estados Unidos.
Classificado como categoria 5 no Atlântico, atingiu principalmente a região de Nova Orleans, provocando inundações, milhares de mortes e um rastro de destruição que marcou o país.
Quem foi afetado e quantas pessoas morreram no furacão Katrina?
O furacão Katrina deixou um saldo trágico, com milhares de vidas afetadas e um número de mortes que superou 1.800 pessoas, segundo estimativas oficiais.
Esse impacto foi sentido especialmente nos estados da Louisiana e Mississippi, onde comunidades inteiras foram devastadas.
Além das vítimas fatais, centenas de milhares ficaram desalojadas, enfrentando perdas materiais irreparáveis e traumas emocionais profundos.
Para muitos, a tragédia representou a ruptura total de seu modo de vida, exigindo reconstrução física e psicológica.
Principais áreas e grupos atingidos
A destruição não foi uniforme: bairros mais pobres e regiões com infraestrutura precária sofreram perdas humanas mais intensas. Populações idosas, pessoas com mobilidade reduzida e famílias sem acesso a transporte foram as mais vulneráveis:
- comunidades de baixa renda em Nova Orleans;
- regiões costeiras do Mississippi;
- áreas rurais com acesso limitado a abrigos;
- idosos e pessoas com deficiência;
- famílias sem recursos para evacuação.
O deslocamento forçado levou a mudanças demográficas significativas. Muitas famílias nunca retornaram às áreas de origem, alterando a composição social das cidades.
Onde o furacão Katrina atingiu, em especial Nova Orleans?
O furacão Katrina atingiu principalmente a costa do Golfo dos Estados Unidos, com Nova Orleans como epicentro simbólico da destruição. A cidade, cercada por diques e abaixo do nível do mar, sofreu enchentes devastadoras após falhas no sistema de proteção.
Bairros inteiros ficaram submersos por semanas, e o acesso a serviços essenciais foi interrompido por dias.
Trajetória e intensidade da tempestade
O Katrina se formou no Atlântico, atravessou a Flórida e ganhou força ao chegar ao Golfo do México, atingindo categoria 5 em alguns momentos antes de tocar o solo.
Regiões afetadas além de Nova Orleans
Embora Nova Orleans tenha recebido a maior atenção, cidades como Gulfport e Biloxi, no Mississippi, também foram duramente atingidas, com danos catastróficos.

Por que furacões recebem nomes próprios?
Furacões costumam receber nomes próprios, como, por exemplo, o furacão Katrina, definidos pelo Comitê Internacional em parceria com a ONU.
Todos os furacões que ocorrem nos países voltados para o oceano Atlântico Norte recebem um nome próprio. De fato, o que pouca gente sabe é que o nome de um furacão tem definição com antecedência.
Na verdade, especialistas elaboraram uma lista de nomes, metade masculinos e metade femininos, que se repetem a cada seis anos.
Quando um furacão se forma sobre o oceano, consulta-se a lista do ano para que se escolha um nome. Esse nome tem sua escolha por ordem alfabética.
Dessa forma, pelo nome, descobrimos qual número corresponde à letra inicial e podemos saber se aquele é o primeiro, o segundo ou o terceiro furacão do ano.

Nome dos furacões para o Atlântico Norte de 2012 a 2016 (Tabela tirada de Climatologia fácil, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)
Se, por acaso, o número de furacões ultrapassar o número de nomes da lista, o recurso será usar letras do alfabeto grego, como alfa, beta, gama etc., como aconteceu no ano de 2005. No passado, os furacões recebiam o nome do santo do dia em que ocorreu, ou do mais próximo.
Uma prática da década de 50
A prática de batizar os furacões com nomes próprios começou a partir de 1950, quando os especialistas passaram a identificar o fenômeno por meio das imagens de satélites e todos os furacões passaram a receber nomes femininos. O primeiro, por exemplo, era o Able.
Essa prática, no entanto, gerou muita confusão. Os meteorologistas, então, modificaram a regra. Assim, desde 1979, os nomes se revezam entre femininos e masculinos. Quando um furacão é devastador, seu nome sai da lista para sempre.
Desde que começou, 67 nomes já saíram da lista. O primeiro a deixar a lista foi Hazel, em 1954, e os últimos foram Dennis, Katrina, Rita, Wilma e Stan, todos provenientes da violenta temporada de furacões de 2005.

Furacão Katrina (Fonte: Nasa)
Afirma-se que o aquecimento global vai aumentar a frequência de furacões, apesar de que no passado ocorreram furacões tão ou mais intensos que os atuais. No site do National Hurricane Center (NOAA, EUA), por exemplo, encontra-se uma lista de furacões mais letais da história.
Por que Nova Orleans foi tão vulnerável ao furacão Katrina?
A vulnerabilidade de Nova Orleans ao furacão Katrina decorre de fatores do ponto de vista da geografia, estruturais e sociais. Isso porque, a cidade está situada em uma bacia natural, parte dela abaixo do nível do mar, cercada por rios e lagos.
A dependência de diques para conter inundações a tornou extremamente exposta quando essas barreiras falharam. Além disso, desigualdades sociais dificultaram a evacuação de milhares de pessoas.
Falhas no sistema de diques
Muitos diques não estavam preparados para suportar a força da tempestade, assim cedendo em pontos críticos e permitindo que a água invadisse rapidamente áreas residenciais.
Influência das mudanças climáticas
O aumento da temperatura das águas do Golfo potencializou a força do Katrina, um padrão que especialistas associam ao aquecimento global e que pode agravar futuros eventos:
- temperaturas elevadas aumentaram a intensidade;
- marés mais altas ampliaram o alcance da inundação;
- eventos extremos tendem a se tornar mais frequentes;
- planejamento urbano não acompanhou riscos climáticos;
- sistemas de drenagem estavam defasados.
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Capa do livro “Climatologia fácil”, publicação da Editora Oficina de Textos
Resumo desse artigo sobre furacão Katrina
- O furacão Katrina matou mais de 1.800 pessoas e deslocou centenas de milhares.
- Nova Orleans e o Mississippi foram os locais mais afetados pela tempestade.
- A falha dos diques foi determinante para a destruição da cidade.
- Comunidades vulneráveis sofreram as maiores perdas humanas e materiais.
- Fatores climáticos e estruturais explicam a magnitude da tragédia.