Blog Ofitexto
  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja
Blog Ofitexto
  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja
      • Facebook
      • Instagram
      • Linkedin
Blog Ofitexto
FacebookXEmailLinkedInWhatsApp
Geografia

Geomorfologia: formas de relevo

3 dias atrás
11 min de leitura

Neste guia rápido, vamos analisar as diferenças entre cada formação da Terra.

As formas de relevo representam as diferentes configurações que a superfície terrestre pode apresentar, resultado da ação conjunta de processos internos e externos da natureza.

Montanhas, planícies, planaltos, depressões e colinas são exemplos que mostram como o relevo é dinâmico, moldado pela erosão, sedimentação, movimentos tectônicos e pela interação entre litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera.

O que é relevo e como se forma?

O relevo, na geografia, é o conjunto das formas que compõem a superfície terrestre, resultante da atuação de forças internas e externas ao longo do tempo geológico. 

Essas formas surgem da combinação de processos como movimentação tectônica, erosão, sedimentação e vulcanismo. Ao compreender como o relevo se forma, torna-se possível interpretar a história geológica de uma região e prever como ela pode mudar no futuro.

Agentes endógenos e exógenos modelando o relevo 

Os agentes endógenos, como tectonismo e vulcanismo, atuam de dentro para fora, criando elevações ou depressões. Já os agentes exógenos, por outro lado, como água, vento e gelo, remodelam essas estruturas ao longo do tempo. 

Banner Ofitexto

Essa interação constante faz com que o relevo seja dinâmico e sujeito a transformações contínuas.

A importância da geomorfologia no entendimento do relevo

A geomorfologia estuda as formas do relevo e seus processos formadores, permitindo mapear áreas de risco e planejar o uso sustentável do solo. Isso é essencial para prevenir desastres e proteger recursos naturais.

Pontos-chave para compreender a formação do relevo:

  • resulta da ação combinada de forças internas e externas;
  • é dinâmico e muda ao longo do tempo;
  • determina características ambientais e socioeconômicas;
  • pode indicar a história geológica de uma região.

Quais são as formas de relevo?

A superfície terrestre não é plana nem uniforme em toda a sua extensão. Ao contrário, caracteriza-se por elevações e depressões de diferentes formas (horizontais ou tabulares, convexas, côncavas, angulares e escarpadas), que constituem seu relevo.

Fruto de uma interação entre litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera, o relevo da superfície terrestre é repleto de planícies, morros, colinas, planaltos etc. Mas qual a diferença entre eles?

Parece simples e objetivo, mas o excesso de confiança na hora de responder costuma colocar muitos estudantes em apuros. Especializada em geomorfologia, a equipe da Oficina de Textos vai te explicar!

As grandes unidades do relevo, adaptado de Penteado (1994)

A imagem abaixo demonstra os diferentes tipos de relevo, ilustrando o conteúdo apresentado acima.

Planície

Trata-se de uma superfície muito plana com no máximo 100 metros de altitude. Assim, é formada pelo acúmulo recente de sedimentos movimentados pelas águas do mar, de rios ou de lagos.

Representa uma porção modesta no relevo brasileiro, como, por exemplo, as planícies do Rio Amazonas e do Rio Araguaia, da Lagoas dos Patos e Mirim, além das planícies litorâneas.

Planície do Rio Araguaia

Planície do Rio Araguaia (Foto: Eduardo Vessoni)

Planalto

Ao contrário do que o nome sugere, é uma superfície irregular com altitude acima de 300 metros. Portanto, é o produto da erosão sobre as rochas cristalinas ou sedimentares. Pode ter morros, serras ou elevações íngremes de topo plano (chapadas).

Alguns exemplos de planalto, são o Planalto das Guianas, Planalto Central do Brasil, e a Chapada do Araripe, que se encontram totalmente ou em parte no Brasil.

Monte Roraima

Monte Roraima, parte do Planalto das Guianas (Fonte: Paolo Costa Baldi)

Montanha

É uma forma de relevo que se caracteriza pela elevada altitude. Suas elevações geralmente possuem “altura” superior a 300 metros em relação à sua base. As montanhas mais elevadas resultam de desdobramentos, isto é, de forças internas que provocaram enormes dobras nas rochas.

Alguns modelos de montanhas são, portanto, o Monte Everest, na Ásia; o Aconcágua na América do Sul, e o Kilimanjaro, na África.

Monte Everest

Monte Everest (Fonte: Joe Hastings)

Serra

É um conjunto de montanhas, normalmente mais compridas do que largas, e designam cadeias de montanhas cuja altitude varia entre 400 a 3.000 metros. Recebe esse nome porque seus terrenos acidentados com fortes desníveis e muitos picos assemelham-se a uma serra.

Alguns exemplos são a Serra da Mantiqueira, a Serra dos Órgãos e a Serra do Mar, todos nacionais.

Serra da Mantiqueira

Serra da Mantiqueira (Fonte: Silvio Serrano)

Colina

Também conhecido como morro ou cerro, é caracterizado por pequena elevação de terreno com decline suave. Suas elevações possuem altura inferior a 300 metros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).

“Mar de morros” ou “Mares de morro” é uma denominação criado pelo geógrafo francês Pierre Deffontaines e popularizado pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, que descreve o relevo das colinas desgastadas e recortadas do Planalto Atlântico.

Um exemplo deste relevo é o Mar de Morros, presente no Brasil. Aliás, ressaltamos que “mar de morros” é um termo para se referir ao relevo das colinas dissecadas do Planalto Atlântico.

Mar de Morros

Mar de Morros (Fonte: Letícia Teixeira Palla Braga)

Já falamos sobre planícies, planaltos, montanhas e colinas. Dessa forma, chegou a vez de conversarmos sobre serras, cordilheiras, depressões e vales. Conhece as diferenças?

Confira abaixo outras formas do nosso relevo!

Cordilheira

Assim como a serra, também representa uma cadeia de montanhas, mas sua área é bem mais extensa, justamente por contar com um número maior de montanhas envolvidas. São formadas, principalmente, a partir do choque entre duas placas tectônicas.

Como exemplo, podemos citar a Cordilheira dos Andes, Himalaia, Alpes, Montes Apalaches e Pirineus.

Cordilheira

Cordilheira dos Andes (Foto: Jorge Morales Piderit)

Depressão

Trata-se de uma região mais baixa do que as áreas ao seu redor, e podem ser de dois tipos: depressões absolutas (quando estão abaixo do nível do mar) e depressões relativas (quando estão acima do nível do mar).

Algumas referências são, por exemplo, a Lagoa das Sete Cidades em Portugal, e o Mar Cáspio, entre os continentes da Ásia e Europa.

Lagoa das Sete Cidades, depressão localizada em Portugal, na Ilha de São Miguel, nos Açores

Lagoa das Sete Cidades, depressão localizada em Portugal, na Ilha de São Miguel, nos Açores (Fonte: Enrico Pescantini)

Vale

É uma espécie de planalto entre duas montanhas ou colinas. Assim, trata-se, na realidade, de uma depressão alongada da superfície terrestre entre duas vertentes, com forma inclinada e alargada.

Tipicamente é uma área de baixa altitude cercada por áreas mais altas, como montanhas ou colinas.

Alguns exemplos são o Grand Canyon (Arizona), Vale do Paraíba, Vale do Ribeira (São Paulo) e Vale dos Reis (Egito).

Vale do Paraíba

Vale do Paraíba (Fonte: Rogério Golob)

Grand Canyon

Grand Canyon (Fonte: Grand Canyon NPS)

As grandes unidades do relevo, adaptado de Penteado (1994) (Fonte: Imagem retirada do livro “Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais”, publicação da Editora de Textos. Todos os direitos reservados.)

Como é o relevo brasileiro e o que o caracteriza? 

O relevo brasileiro destaca-se pela predominância de planaltos e depressões, moldados por processos antigos e pela ausência de grandes cadeias montanhosas recentes. Essa configuração influencia o clima, a vegetação e a ocupação humana.

Classificação do relevo do Brasil segundo Ab’Saber e Ross 

Ab’Saber propôs uma divisão em domínios morfoclimáticos, enquanto Ross detalhou unidades como Planaltos e Serras do Atlântico, Depressões Periféricas e Planícies Litorâneas. Essas classificações oferecem uma visão detalhada da diversidade brasileira.

Exemplos de unidades brasileiras: planaltos, depressões e planícies

O Planalto das Guianas, no norte, é marcado por rochas antigas e relevos residuais. O Planalto Brasileiro ocupa grande parte do território, com áreas de mineração e agricultura.

Planícies amazônicas, costeiras e o Pantanal

As planícies amazônicas são áreas de deposição fluvial, enquanto as costeiras se formam pela ação marinha. O Pantanal é uma planície alagável de relevância ecológica e turística.

Impactos do relevo nas paisagens, clima e economia

O relevo determina padrões de escoamento de água, zonas agrícolas e rotas de transporte. Áreas elevadas podem dificultar a infraestrutura, enquanto as planícies favorecem atividades agropecuárias.

Como é o relevo e a vegetação da região Sudeste?

O Sudeste se caracteriza por serras e planaltos, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. Essas formações influenciam o clima e a distribuição da vegetação, criando paisagens marcantes.

As áreas mais planas são usadas para agricultura intensiva, como o cultivo de café e cana-de-açúcar, produtos históricos da economia brasileira.

Vegetação típica da região Sudeste 

A Mata Atlântica foi a vegetação original da região, mas grande parte dela foi substituída por cidades e áreas agrícolas. Ainda assim, fragmentos importantes permanecem em parques e reservas, abrigando biodiversidade única.

Nas áreas de cerrado do interior, a vegetação apresenta arbustos e gramíneas, adaptadas a solos pobres e ao clima mais seco.

Hidrografia e uso dos recursos hídricos

Os rios da região, como o Paraíba do Sul e o Rio Grande, são fundamentais para abastecimento, geração de energia e irrigação. Contudo, a pressão urbana e industrial exige planejamento e preservação.

Essa interação entre relevo e hidrografia garante recursos, mas também traz desafios relacionados à sustentabilidade.

Como é o relevo e a vegetação da região Nordeste?

O Nordeste possui áreas de planaltos cristalinos e depressões interplanálticas. No sertão, o solo é mais seco e pedregoso, dificultando a agricultura tradicional. 

Já no litoral, as planícies costeiras favorecem atividades econômicas ligadas ao turismo e à produção de cana-de-açúcar.

As serras, como a do Araripe e a da Borborema, também exercem influência no regime de chuvas, criando microclimas variados.

Vegetação típica da região Nordeste

A Caatinga é a vegetação característica do semiárido, formada por plantas resistentes à seca, como cactos e arbustos espinhosos. Apesar da aparência árida, esse bioma é rico em espécies adaptadas.

Na Zona da Mata, a vegetação original era a Mata Atlântica, hoje bastante reduzida, mas ainda presente em áreas de preservação.

Hidrografia e recursos hídricos

Os rios do Nordeste, como o São Francisco, são fundamentais para irrigação e abastecimento. Em regiões de seca prolongada, a transposição do São Francisco busca levar água para áreas mais críticas.

Essa relação mostra como a hidrografia é vital para equilibrar os desafios impostos pelo relevo e pelo clima.

Como é o relevo e a vegetação da região Sul? 

O Sul apresenta planaltos amplos, como o Planalto Meridional, além de áreas de serras e planícies costeiras. Essa variedade facilita tanto a agropecuária quanto o desenvolvimento de cidades organizadas.

Os campos do Rio Grande do Sul, por exemplo, são amplamente utilizados para criação de gado e cultivo de soja.

Vegetação típica da região Sul

A vegetação original inclui as florestas de araucárias, típicas das áreas mais frias, e os campos sulinos, que abrigam gramíneas extensas. Essa diversidade favorece diferentes usos do solo.

No entanto, a exploração econômica reduziu boa parte da vegetação original, restando fragmentos em áreas preservadas.

Hidrografia e importância econômica

A região Sul possui rios importantes, como o Iguaçu e o Uruguai, que são usados para geração de energia e irrigação. Esses cursos d’água também atraem turistas, como nas famosas Cataratas do Iguaçu.

A abundância hídrica, associada ao relevo propício, explica a força da agricultura, bem como, da indústria regional.

Como o relevo influencia as atividades humanas no Brasil?

O relevo afeta diretamente agricultura, construção civil, transporte e turismo, moldando as possibilidades econômicas e culturais de cada região. Áreas planas são ideais para lavouras mecanizadas, enquanto regiões montanhosas atraem turismo de aventura.

Relevo e uso do solo na agricultura e infraestrutura 

Planícies e depressões com solos férteis são utilizadas para cultivos extensivos, como, por exemplo, soja e milho. Já terrenos acidentados demandam técnicas específicas de construção e manejo.

Turismo geográfico e preservação de sítios geológicos

Montanhas, vales e formações rochosas únicas atraem visitantes, incentivando o turismo sustentável e a preservação de áreas naturais. Desse modo, as formas de o relevo influenciar atividades humanas são:

  • determina uso agrícola e potencial produtivo;
  • define possibilidades de construção e transporte;
  • pode atrair turismo e gerar economia local;
  • impõe restrições ambientais e de conservação.

Quais os erros comuns ao estudar formas de relevo?

Erros comuns incluem, portanto, confundir termos, ignorar o relevo submarino e subestimar a importância dos processos formadores. Essas falhas limitam a compreensão e prejudicam a aplicação prática do conhecimento.

Confundir colina com morro ou montanha 

Colinas são elevações suaves, por outro lado, os morros têm declives mais acentuados e montanhas são formações muito mais altas e imponentes. Assim, a confusão leva a interpretações erradas.

Ignorar o relevo submarino e suas formas

Desconsiderar o relevo submerso é perder parte importante da geografia terrestre. Cadeias submarinas, planícies abissais e fossas oceânicas influenciam correntes marinhas e clima global.

Parte desta matéria foi retirada do livro “Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais”, publicado pela Editora Oficina de Textos, e também do livro “Noções básicas de cartografia”, do IBGE.

Tratando o tema de relevos, incluindo os brasileiros, o livro Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais, da geógrafa Teresa Gallotti Florenzano, aborda no 5º capítulo tópicos como a classificação das grandes unidades de relevo, e as formas de relevo de origem tectônica

Confira a degustação da obra aqui.

Capa do livro “Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais”, publicação da Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais”, publicação da Editora Oficina de Textos

Resumo desse artigo sobre formas de relevo 

  • O relevo é moldado por forças internas e externas ao longo do tempo;
  • Tipos principais incluem planaltos, planícies, depressões e montanhas;
  • O relevo brasileiro é diverso e influencia economia e clima;
  • Atividades humanas são diretamente afetadas pela topografia;
  • Erros comuns envolvem confundir conceitos e ignorar o relevo submarino;
  • O relevo e a hidrografia do Brasil são diversos e influenciam a vida social e econômica;
  • A região Sudeste é marcada por serras e Mata Atlântica;
  • A região Nordeste apresenta Caatinga e desafios hídricos;
  • A região Sul combina planaltos férteis com Mata de Araucárias;
  • A ocupação humana sempre se guiou pela interação entre relevo e recursos hídricos.

formas de relevo relevo brasileiro

Você também pode gostar

Geografia

Geografia descomplicada: a base para compreender o mundo

Ler o mundo exige método e a geografia oferece justamente esse conjunto de lentes para decifrar como a natureza e a sociedade produzem o espaço em que vivemos.  Do clima que condiciona atividades econômicas às...

24 horas atrás
Geografia

Erosão dos solos e deslizamento: diagnóstico

Perguntamos ao professor da UFRJ Antônio Guerra: como fazer o diagnóstico da erosão dos solos e de um deslizamento? Segundo ele, a primeira característica muito importante é identificar se é um processo erosivo...

2 semanas atrás

Categorias

  • Agronomia85
  • Arquitetura30
  • Engenharia Civil205
  • Geografia77
  • Geologia e Minas132
  • Meio Ambiente e Rec. Hídricos102
  • Geotecnologias35
  • Outros19

Matérias recentes

Mão segurando lupa sobre mapa mundi decorativo, ampliando a região do Mediterrâneo.
Geografia descomplicada: a base para compreender o mundo
Vista noturna de uma cidade inteligente com arranha-céus iluminados e rodovias elevadas cheias de luzes de tráfego em movimento.
Por que cidades inteligentes são essenciais para o futuro das nossas sociedades
Quais as unidades que compõem as alvenarias?
Mulher sorridente segura uma maquete arquitetônica de casa moderna de dois andares feita em madeira, com janelas, varanda e garagem em miniatura.
Como funcionam as construções modulares: guia completo
Vista aérea de um complexo viário iluminado à noite, mostrando várias pistas elevadas e curvas que se cruzam, representando a engenharia de transportes e a mobilidade urbana moderna.
Engenharia de transportes no Brasil: avanços, desafios e perspectivas futuras
Obra de contenção
A arte de conter taludes
Raio-x da maior bacia hidrográfica do mundo
Os maiores lagos do planeta
Serviços ecossistêmicos e a conservação da biodiversidade
  • ads-visite-livraria-ofitexto.jpg

Blog da Editora Oficina de Textos

A Oficina de Textos publica livros universitários e profissionais e visa promover, consolidar e difundir Ciência e Tecnologia brasileiras.

  • facebook
  • instagram
  • linkedin

Inscrição Newsletter

Links Úteis

  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Próximos Webinars
  • Talks
  • Eventos
  • Política de Privacidade

© 2025 · Oficina de Textos · Todos os Direitos Reservados · Powered by DATAFY

  • Home
  • Quem Somos
  • Conselho Editorial
  • Sala de Autores
  • Webinars
    • Próximos Webinars
    • Talks
  • Eventos
  • Loja