Inovações em curso e outras que virão
Construção civil em tempo de indústria 4.0
Tecnologia e inovações são lentamente adotadas no gigante setor econômico da construção civil, apesar da vitalidade do mercado.
Seja por ter uma base da pirâmide dos trabalhadores com formação restrita, seja por ser um setor tradicional e consolidado, entre outros fatores, pouco se investe em pesquisar inovações. As inovações oferecidas no mercado são apropriadas após serem de uso corrente em outros países.
De fato, o Brasil ocupa uma posição deprimida no ranking de inovação tecnológica (2013): 64º lugar, atrás de Chile (46º), Uruguai (52º), Argentina (56º) e México (63º).
Formação acadêmica
Entretanto, existem esforços acadêmicos no sentido de incentivar uma formação complementar para os profissionais de alto nível. Sejam eles, atuantes em empresas públicas e privadas e líderes pertencentes aos diversos segmentos da cadeia produtiva da Construção Civil.
A Escola Politécnica da USP oferece um mestrado profissional cujo título é Inovação na Construção Civil. Ao focar o interesse em diferentes vertentes, destaca os diferentes campos que carecem de inovação bem como pretende capacitar seus participantes para a construção 4.0.
- Fonte: Inovação na Construção Civil – EP – USP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação – Universidade de São Paulo
No que consiste a Construção 4.0?
As inovações consistem na construção industrializada em suas diferentes áreas de abrangência, associada ao processo de transformação digital. Apresenta, então, alternativas para o futuro da construção no contexto da adoção das diversas tecnologias associadas ao conceito de Indústria 4.0.
A indústria da Construção Civil está passando por um processo de transformação. E, isso, é decorrente da necessidade de alcançar melhorias invulgares quanto à produtividade, qualidade, desempenho. Vale ressaltar, também, a flexibilidade e sustentabilidade, já atingidas em outras indústrias, tais como aeronáutica e automotiva.
A transformação digital, associada à adoção de tecnologias da Indústria 4.0, impacta a Industrialização da Construção, ora em curso.
A chamada Construção 4.0 inclui práticas vinculadas ao uso do Building Information Modeling (BIM), da Inteligência Artificial (AI), da Internet das Coisas (IoT), Sensores, Automação, Robótica, Big Data.
Novas tecnologias e soluções inovadoras
Inclui ainda, a modernização dos processos e a incorporação de soluções inovadoras como a modulação e industrialização de componentes construtivos.
A introdução de novas tecnologias pode prejudicar as competências tradicionais. Portanto, há uma pressão crescente de treinar e capacitar os profissionais para novas competências e atrair pessoas com conhecimentos técnicos.
Na Construção Civil 4.0, a falta de profissionais qualificados é um dos principais limitadores. Sendo assim, adaptar competências e investir em treinamento é essencial para superar essas barreiras e garantir uma transição bem-sucedida.

Fonte: Cimento Itambé

Real Estate – Modelos para análise de qualidade de Investimentos
A rigidez dos investimentos em empreendimentos imobiliários demanda suporte de análises aprofundadas, com indicadores consistentes, tanto em condições normais quanto em situações de desempenho crítico.
Análises superficiais e modelos que ocultam riscos resultam em empreendimentos vulneráveis a crises e perdas, algo frequente no mercado de real estate brasileiro.
Com modelagem para | AQI | visa-se disseminar no mercado brasileiro um padrão mais qualificado nas decisões de empreender em real estate.
Ou seja, substituir ações amadoras, baseadas em feeling ou repetição de sucessos, por decisões cuidadosas e com fundamento em excelente qualidade técnica. De fato, repetir um empreendimento não resulta necessariamente em idêntico resultado.
A avaliação utiliza modelos específicos aplicados à AQI e ao estudo do comportamento de mercado. Esses modelos permitem análises de risco consistentes, inclusive com inferência arbitrada de probabilidades.
Eficiência energética e emprego de energia solar em edifícios
Estima-se que os edifícios sejam responsáveis por um terço ou mais do consumo de energia no mundo.
Todavia, geralmente a eficiência do uso de energia de fontes convencionais nos edifícios é baixa, tanto em razão das tecnologias utilizadas, como em virtude do próprio edifício e sua operação, que promovem inaceitáveis valores das emissões de CO2.
Ao mesmo tempo, tecnologias solares vêm aumentando sua eficiência e diminuem seus períodos de retorno dos investimentos. Tornaram-se mais atrativas para os consumidores.
No século XXI, é mister aumentar a eficiência de uso da energia não renováveis, e intensificar o uso da energia solar ao máximo, por ser a energia renovável mais adequada aos edifícios.
Os pontos básicos a desenvolver consideram o uso de energia em edifícios e os fundamentos de energia solar, para substituição de fontes convencionais.
A partir do conhecimento da geometria e de aspectos físicos da radiação solar, são estudadas suas aplicações aos usos finais que mais consomem energia nos edifícios, acrescentando complementos solares: iluminação natural, aquecimento de água com coletores solares planos e técnicas passivas de condicionamento de edifícios, inclusive com ar-condicionado solar.
Em grande alta estão outras formas de geração com tecnologias solares, que são a geração de energia elétrica com arranjos fotovoltaicos, e de calor ou energia elétrica, com coletores concentradores.
Utilização de placas fotovoltaicas ligadas à rede em telhado urbano, São Paulo, SP.
Gestão de Projetos na Construção Civil e BIM
O início dos anos 2000, trouxe renovação com a publicação das Normas de Desempenho, a entrada da Certificação Ambiental de Edificações e a introdução da Modelagem da Informação da Construção (BIM) para a gestão dos empreendimentos e seus projetos.
Essa onda varreu o mercado de engenharia civil, pressionando as empresas e os profissionais a se capacitar para atender às exigências de competitividade e desempenho, mais elevadas.
Evolução na gestão de empreendimentos
Nos anos 2010, as expectativas crescentes da sociedade em relação à indústria da construção civil quanto à transparência foram mais contundentes, particularmente no âmbito da gestão de empreendimentos.
Por consequência, renovaram-se as posturas para o relacionamento com as partes interessadas, os públicos estratégicos: desenvolvedores, construtores, projetistas, consultores, financiadores, seguradoras e agentes da sociedade com potencial de influenciar ou serem influenciados pelas atividades de construção e seus empreendimentos.
Os diversos usos de Modelagem da Informação da Construção (BIM) na gestão de empreendimentos e de projetos estão engatinhando. Entretanto, desde 2020 tem saído decretos, leis e resoluções que obrigam em licitações, serviços de engenharia e execução de obras realizados pela administração pública federal.
Um leque com 5 títulos de BIM










