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Meio Ambiente e Rec. Hídricos

Clonagem reprodutiva × terapêutica

2 semanas atrás
8 min de leitura

Em maio de 2018, antes do falecimento do Prof. Francisco M. Salzano, ele nos contou um pouco mais sobre as diferenças entre clonagem terapêutica e clonagem reprodutiva humana.

A clonagem terapêutica é uma técnica científica que busca criar células-tronco geneticamente idênticas ao paciente, visando regenerar tecidos e tratar doenças. 

Diferente da clonagem reprodutiva, que tenta gerar um novo ser vivo completo, a terapêutica foca no uso médico e na cura de enfermidades crônicas ou degenerativas. 

O que é clonagem terapêutica e reprodutiva?

A clonagem reprodutiva é pretendida para produzir uma duplicata de um indivíduo existente. É utilizada a técnica chamada de Transferência Nuclear (TN), que se baseia na remoção do núcleo de um óvulo e substituição por outro núcleo de outra célula somática. 

Após a fusão, vai havendo a diferenciação das células. Após cinco dias de fecundação, o embrião, agora com 200 a 250 células, forma um cisto chamado blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina.

A clonagem terapêutica é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins reprodutivo, difere somente no fato de o blastocisto não ser introduzido em um útero.

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Ele é utilizado em laboratório para a produção de células-tronco (totipotentes), a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante. Esta técnica pretende produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente para transplante.

Diferenças da clonagem reprodutiva e da clonagem terapêutica

“Sim, as diferenças são muitas. Na clonagem reprodutiva, o objetivo seria criar um organismo inteiro geneticamente idêntico ao do doador.

Enquanto na clonagem terapêutica (o termo mais apropriado seria ‘transplante nuclear’) o que se busca é obter um tecido geneticamente compatível com o recipiente.

Essa última técnica já vem sendo amplamente utilizada no tratamento de uma série de doenças”, explica o Prof. Francisco M. Salzano, pioneiro no estudo da genética humana no Brasil, em última conversa que tivemos com ele antes de falecer no dia 28 de setembro de 2018.

Qual a importância da clonagem terapêutica?

A importância da clonagem terapêutica está diretamente ligada ao seu potencial de salvar vidas e melhorar tratamentos médicos. Ela oferece a possibilidade de regenerar tecidos, criar órgãos compatíveis e reduzir filas de transplantes. 

Além disso, representa uma nova era para a medicina personalizada, em que cada paciente pode receber terapias moldadas ao seu DNA.

Esse tipo de avanço é possível de resumir em alguns benefícios fundamentais:

  • redução da rejeição em transplantes;
  • alternativa para doenças incuráveis;
  • aceleração da medicina regenerativa;
  • desenvolvimento de terapias sob medida.

Impacto na medicina regenerativa

Na medicina regenerativa, a clonagem terapêutica é como um divisor de águas. Ela permite recriar tecidos cardíacos após um infarto, por exemplo, ou substituir células nervosas perdidas em doenças degenerativas. 

Esse impacto vai além do aspecto físico, trazendo esperança para famílias e pacientes que convivem há anos com limitações severas.

Repercussões sociais e éticas

Embora ofereça avanços significativos, o debate ético acompanha o desenvolvimento da clonagem terapêutica. Muitas pessoas questionam o uso de embriões em pesquisas, enquanto outras veem nisso a chance de salvar milhões de vidas. 

A sociedade precisa equilibrar ciência, moralidade e legislação para garantir o uso responsável dessa técnica.

Para que serve a clonagem terapêutica?

A clonagem terapêutica serve para gerar células e tecidos compatíveis que usem em tratamentos médicos de alta complexidade. 

Seu objetivo é substituir estruturas com danos por doenças ou acidentes, devolvendo qualidade de vida aos pacientes. 

Além disso, serve em pesquisas que visam compreender melhor o desenvolvimento humano e os mecanismos de diversas enfermidades.

Aplicações médicas concretas

Em pacientes com insuficiência cardíaca, células clonadas poderiam regenerar o músculo do coração. No caso de diabéticos, a clonagem poderia gerar células pancreáticas produtoras de insulina. 

Já em doenças neurológicas, existe a chance de substituir neurônios deteriorados por novas células saudáveis, abrindo portas para tratamentos inovadores.

História de esperança em pesquisas

Cientistas relatam casos em que camundongos com doenças degenerativas recuperaram funções após receberem células obtidas por clonagem terapêutica. 

Esses resultados alimentam a esperança de que, no futuro, histórias semelhantes possam ocorrer com seres humanos, transformando diagnósticos hoje considerados irreversíveis.

Avanço científico e testes laboratoriais

Além do uso direto em pacientes, a clonagem terapêutica serve para criar modelos de estudo em laboratório. Isso ajuda cientistas a testar medicamentos e entender como certas doenças se desenvolvem. 

Por exemplo, recriar células doentes em laboratório permite avaliar como um remédio atua de forma precisa, acelerando a descoberta de novos tratamentos.

Representação tridimensional de uma molécula de DNA azul em espiral dupla sobre um fundo azul escuro, simbolizando genética e biotecnologia.
A clonagem terapêutica é permitida no Brasil apenas sob condições específicas

Quais são os benefícios da clonagem terapêutica?

Segundo o prof. Salzano, a clonagem terapêutica promete revolucionar toda a medicina regenerativa, sendo obtida através das chamadas “células-tronco”, aquelas que são capazes de dar origem a qualquer tipo de tecido.

Essas células obtêm, por exemplo, de embriões armazenados em clínicas de fertilidade e que não serviram na fertilização in vitro, ou do próprio indivíduo adulto que se quer tratar, onde elas estão armazenadas em certas regiões do corpo.

As de origem embrionária são mais eficientes, mas as obtidas de tecido não reprodutivo também podem ser (e estão sendo) amplamente utilizadas.

Estudo para o tratamento de diversas doenças

Essas células, então, tem seu cultivo em laboratório e servem tanto para a investigação de problemas gerais, por exemplo, o estudo da diferenciação celular, quanto para o tratamento de uma série de doenças (leucemias, Alzheimer, doenças cardíacas, diabete).

Atualmente a regeneração de tecidos é por meio de transplantes de tecidos de indivíduos ou espécies diferentes daquele do receptor.

Esse método tem a desvantagem de que os transplantes podem ter rejeição por não ser compatíveis com o receptor, o que não ocorreria naqueles obtidos através das células-tronco do próprio receptor.

Quais são as implicações éticas da clonagem terapêutica e reprodutiva?

As implicações éticas da clonagem terapêutica e reprodutiva estão entre os temas mais debatidos da bioética moderna. 

A clonagem terapêutica desperta questionamentos sobre o uso de embriões para pesquisa, enquanto a reprodutiva levanta dilemas sobre identidade, individualidade e limites da criação da vida. 

A fronteira entre avanço científico e manipulação excessiva é tênue, exigindo regulamentação cuidadosa.

O debate moral em torno da clonagem

De um lado, defensores da clonagem terapêutica argumentam que ela salva vidas e promove avanços médicos. 

De outro, críticos consideram que a criação e destruição de embriões humanos para pesquisa fere princípios éticos fundamentais. 

Já a clonagem reprodutiva enfrenta resistência quase unânime, pois levanta preocupações sobre direitos humanos e riscos biológicos.

A visão das religiões e da sociedade

Diferentes tradições religiosas têm interpretações diversas sobre a clonagem. Enquanto algumas a veem como interferência indevida na criação divina, outras reconhecem o potencial da ciência para aliviar o sofrimento humano. 

A sociedade, de forma geral, mostra mais aceitação à clonagem terapêutica, desde que haja limites e supervisão rigorosa.

A clonagem terapêutica é permitida no Brasil?

A clonagem terapêutica tem permissão no Brasil apenas sob condições específicas e com restrições legais rigorosas. 

De acordo com a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005), permite-se o uso de células-tronco embrionárias para pesquisa, desde que provenientes de embriões congelados e inviáveis para implantação. 

No entanto, a clonagem reprodutiva humana é expressamente proibida no país. Essa legislação busca equilibrar o avanço científico com o respeito aos valores éticos e humanos. 

O Brasil se posiciona de forma prudente, permitindo a pesquisa terapêutica dentro de limites bem definidos e impedindo qualquer tentativa de reprodução humana artificial.

Limites legais e regulamentação da clonagem no Brasil

A lei brasileira autoriza experimentos com embriões apenas para fins terapêuticos, e o uso deve ter aprovação por comitês de ética em pesquisa. 

Além disso, é obrigatório que os embriões tenham sido congelados há mais de três anos e que exista consentimento dos doadores. A fiscalização é por órgãos federais para garantir o cumprimento das normas.

Perspectivas futuras da legislação sobre clonagem

Com os avanços na biotecnologia, a legislação brasileira poderá evoluir para acompanhar novas descobertas. 

Especialistas defendem a criação de diretrizes mais claras sobre o uso de células-tronco e o papel da clonagem em terapias regenerativas. Entretanto, qualquer mudança exigirá amplo debate público e consenso ético.

Qual obra ler sobre o assunto?

Descubra todo o potencial que o DNA carrega em DNA, e eu com isso?. E não só em termos de herança genética.

Capa do livro “DNA, e Eu com Isso?”, publicação da Editora Oficina de Textos

Por meio de técnicas cada vez mais sofisticadas, como a clonagem e a transgenia, já se sabe que a correta manipulação do DNA traz incontáveis melhorias ao nosso cotidiano, muitas das quais já desfrutamos.

Alimentos barateados, já que animais e vegetais geneticamente modificados ou clonados têm maior produtividade.

Resumo desse artigo sobre o que é clonagem terapêutica

  • A clonagem terapêutica cria células compatíveis para tratar doenças, sem gerar novos indivíduos;
  • Difere da clonagem reprodutiva porque não busca formar um ser vivo completo;
  • Tem importância na medicina regenerativa e na redução de rejeição em transplantes;
  • Serve para tratar doenças como Parkinson, Alzheimer, diabetes e problemas cardíacos;
  • Envolve debates éticos, mas abre caminho para avanços científicos e esperança a milhões.

biologia DNA engenharia genética melhoramento

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