A literatura que trata da geração e da gestão de resíduos da construção civil costuma utilizar duas siglas para tratar desse assunto: RCC e RCD. O que comumente se discute acerca disso é se há de fato alguma diferença entre as duas nomenclaturas.
Neste artigo abordaremos esse tema, a fim de esclarecer, de uma vez por todas, se realmente existe diferença entre RCC e RCD. Confira!
RCC e RCD são a mesma coisa?
Antes de começarmos a explicar se há diferença entre as siglas RCC e RCD, é necessário definir cada uma das nomenclaturas. De acordo com André Nagalli, engenheiro, professor e autor do livro Aspectos quantitativos da geração de resíduos da construção civil, “os RCC remetem a resíduos de construção civil nos termos da legislação federal e estão definidos pela Resolução Conama 307/02”.
Essa resolução define os resíduos de construção civil como aqueles “provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha”. O professor ainda aponta o fato de “que o conceito remete à origem de geração dos resíduos, o setor da construção civil”.
Já o termo RCD, segundo Nagalli, trata-se da tradução literal da sigla CDW, correspondente a construction and demolition waste, comumente utilizada na literatura internacional para designar o resíduo de construção e demolição.
Assim, de acordo com a explicação do autor, os termos RCC e RCD são, de modo geral, utilizados como sinônimos, ou seja, não há diferença entre as duas nomenclaturas.
Para saber mais
André Nagalli é autor das obras Aspectos quantitativos da geração de resíduos da construção civil e Resíduos de construção civil: quantificação e gerenciamento, ambas publicadas pela Editora Oficina de Textos.
Capa do livro “Aspectos quantitativos da geração de resíduos da construção civil”, publicação da Editora Oficina de Textos
Capa do livro “Resíduos de construção civil – 2ª ed.”, publicação da Editora Oficina de Textos