Conheça os tipos de barragens convencionais e não convencionais

As barragens podem ser de vários tipos e ter diversas finalidades, servindo para navegações, turismo, hidrelétricas, contenção de águas e controle de enchentes. Em todos esses casos, as tecnologias e conhecimentos para construção de barragens evoluíram e deram origem a dois grupos distintos: barragens convencionais, que são mais utilizadas e cujo mecanismo é objeto de pesquisas, e não convencionais, que inclui barragens que são pouco utilizadas.

Nesta matéria, você irá conferir os tipos de barragens convencionais e não convencionais.

Barragens convencionais

Barragem de terra

Foto de uma barragem de terra, com grama crescendo no declive.

(Fonte: Youtube)

São aquelas em que a estrutura é fundamentalmente constituída por solo. Divide-se em dois tipos: homogênea, quando há predominância de um único material (embora possam ocorrer elementos como filtros, rip rap etc.); e zonadas, nas quais são feitos zoneamentos de materiais terrosos em função das características de permeabilidade.

Barragem de enrocamento

Foto aérea de uma barragem de enrocamento.

(Fonte: EngenhariaCivil.com)

Consiste em um maciço formado por fragmentos de rocha compactados em camadas cujo peso e imbricação criam a estabilidade do corpo submetido ao impulso hidrostático. Podem ter o núcleo impermeável, feito com predominância de material rochoso e núcleo argiloso que veda a passagem de água, ou ter face impermeável, cuja vedação da água é garantida pela impermeabilização da face montante da barragem com uma camada de asfalto, chapa de aço ou outro material.

Barragem de concreto

Foto de uma barragem de concreto, com grandes arcos de concreto e tubulações.

Barragem de concreto de Itaipu
(Fonte: Flickr)

São construídas essencialmente com materiais granulares produzidos artificialmente, aos quais se adicionam cimento e aditivos químicos. Elas são divididas em cinco tipos diferentes:

• Gravidade: barragens maciças de concreto com pouca armação.

• Gravidade aliviada: tem estrutura mais leve e é desenvolvida com o objetivo de imprimir menor pressão às fundações ou economizar concreto.

• Em contraforte: ainda mais leve que a barragem de gravidade aliviada, concentra em uma pequena área da fundação os esforços causados pela pressão hidrostática.

• De concreto rolado ou compactado: é uma barragem de gravidade em que o concreto é espalhado com trator de esteira e depois compactado.

• Abóbada: são aquelas cujas curvaturas ocorrem em duplo sentido, ou seja, na horizontal e na vertical. Parte das pressões hidráulicas é transmitida às ombreiras por esses arcos.

Barragem mista

Foto de uma barragem mista.

(Fonte: EngWhere)

Constituída por diferentes materiais ao longo de uma seção transversal, normalmente com três tipos mais conhecidos: terra/enrocamentoenrocamento/concreto e terra/concreto.

Barragens não convencionais

Barragem de gabião

Foto de uma barragem de gabião ao redor de um rio.

(Fonte: EngWhere)

É uma obra de pequeno porte, normalmente inferior a 10 m de altura, projetada para ser parcial ou totalmente vertedoura.

Barragem de madeira

Foto de uma barragem de madeira em um rio, cercada por floresta.

(Fonte: Depositphotos)

Exige madeira de boa qualidade e deve ser revestida com uma chapa de aço para garantir a vedação.

Barragem de alvenaria de pedra

Foto de uma barragem de alvenaria de pedra.

(Fonte: EngWhere)

É uma variação da barragem de gravidade, na qual o concreto é substituído pela alvenaria de pedra rejuntada manualmente com cimento.

Agora falando de Brasil, você sabe quais são as maiores barragens no nosso território?

Clique aqui para conferir!


Tudo a ver

Se você gostou dessa matéria, confira na livraria Ofitexto alguns títulos que podem chamar sua atenção:

Capa de Barragens de terra e enrocamento

Barragens de terra e enrocamento, por Sandro Salvador Sandroni e Guido Guidicini

Capa de 100 barragens brasileiras

100 barragens brasileiras, por Paulo Teixeira da Cruz

Capa de Barrragens de enrocamento com face de concreto

Barragens de enrocamento com face de concretopor Paulo T. Cruz, Bayardo Materón e Manoel Freitas