Entenda a energia e suas formas

Há várias formas de energia, sendo as principais a potencial, a cinética e a radiante. Veja a matéria para saber mais sobre cada uma!

Imagine um homem exercendo uma força sobre uma bola de boliche ao longo de um pequeno percurso. O trabalho realizado por ele é que fará com que a bola role na pista. É possível dizer que, com o trabalho do homem, a bola passou a ter energia. Assim, trabalho pode ser definido como o resultado da ação de uma força ou do consumo de energia que causará deslocamento de matéria. Há várias formas de energia, sendo as principais a potencial, a cinética e a radiante.

Foto de um homem branco de camiseta azul segurando uma bola de boliche contra o peito. O rosto do homem está cortado, e a foto é tirada de suas costas.

Há várias formas de energia, sendo as principais a potencial, a cinética e a radiante
(Fonte: Pixabay)

potência gravitacional é relativa à posição de um objeto no campo gravitacional terrestre. Quanto mais distante do centro da Terra, maior a energia potencial do objeto. Por exemplo, uma parcela de ar que está a 1 km de altura tem energia potencial gravitacional maior do que uma parcela de ar de mesma massa que está a 100 m de altura.

cinética, por sua vez, é relativa ao movimento de um objeto. Assim, quanto maior a velocidade de um objeto de massa constante, maior sua energia cinética. As moléculas e átomos que compõem o ar, por exemplo, estão em constante movimento, em todas as direções e com diferentes velocidades.

A energia total das partículas que compõem uma parcela de ar, devido a esses movimentos aleatórios, é chamada de energia térmica. A medida da energia cinética média dos átomos e moléculas é definida como temperatura. Partículas que se movem mais rápido têm maior energia cinética, ou seja, quanto maior a temperatura de um material, mais rápido se movem as partículas.

A térmica é, na realidade, energia cinética, e a distinção de nomenclatura deve-se à escala dos objetos em estudo: a energia cinética está associada aos corpos macroscópicos, e a energia térmica, aos microscópicos. Não pode ser criada ou destruída, mas pode ser transformada, isto é, pode haver conversão entre suas diversas formas. Assim, a energia total de um sistema é conservada.

Esquema de uma montanha-russa: no pico dela está o máximo de energia potencial e, após a queda, o máximo de energia cinética.

Imagem retirada do livro Meteorologia: noções básicas (Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

No Brasil, a escala de temperatura adotada é a Celsius (°C), denominada assim em homenagem ao astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744), que foi o primeiro a propô-la, em 1742. Essa escala de temperatura possui dois pontos importantes: o ponto de congelamento da água pura, que corresponde ao valor zero, e o ponto de ebulição, que equivale ao valor 100, observados a uma pressão atmosférica padrão ao nível médio do mar (NMM), também chamada de pressão normal.

Entretanto, em Ciências, utiliza-se a escala de temperatura absoluta Kelvin (K), designada como tal em homenagem ao cientista inglês Lord Kelvin (1824-1907). Conforme descrito anteriormente, as partículas de uma parcela de ar na atmosfera terrestre têm movimentos aleatórios, deslocando-se com diferentes velocidades.

Caso se resfrie uma parcela de ar, as velocidades das partículas diminuirão até que, em teoria, pararão de se movimentar quando atingirem a temperatura de –273,15 °C, a mínima temperatura possível, denominada zero absoluto ou ponto de partida da escala absoluta Kelvin: 0 K. Essa escala não contém números negativos e a conversão das escalas é obtida por: K = °C+273,15.


Tudo a ver

Meteorologia: noções básicas aborda temas como radiação solar, temperatura, umidade do ar, estabilidade e pressão atmosférica, ventos, observação da atmosfera, padrão global dos ventos, modelos conceituais, poluição atmosférica e classificação climática, tudo numa linguagem direta e clara, amplamente ilustrado e com exemplos específicos de tempo e clima no Brasil.

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