Desenvolvido por pesquisadora da Unesp, o novo cultivar de soja é o primeiro planejado para a região paulista desde 1980
O cultivar é resultado de uma pesquisa de dez anos coordenada por Sandra Helena Unêda-Trevisoli na Unesp, que buscou contemplar as especificidades das fazendas paulistas. Através do melhoramento genético, o cultivar obtido não só se adapta melhor as condições da região do que os cultivares que obtiveram sucesso em outras áreas produtoras, como também foi elaborado para ser usado em rotação com a cana-de-açúcar, produto agrícola de maior importância da região.
Em São Paulo, a soja já é usada em safras alternadas com a cana, graças a sua rentabilidade e suas propriedades de fixação de nitrogênio que renovam e recuperam a fertilidade do solo da lavoura. Porém, já há muito tempo existe um interesse da parte dos produtores em cultivar a soja por si mesma, levando em conta seu potencial comercial.
Sendo assim, a pesquisa da Unesp se debruçou sobre as realidades da região e da relação entre os cultivos de soja e cana-de-açúcar. O resultado é um cultivar que prioriza o ciclo precoce da soja, permitindo que o cronograma de plantio da cana seja respeitado sem que o grão da soja perca em qualidade.
O produto está atualmente em fase de teste em diferentes pontos do estado de São Paulo e arredores. Até o momento, o novo cultivar apresenta um rendimento produtivo 15% maior que varações já presentes no mercado. O objetivo do grupo de pesquisadores é obter a validação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a futura comercialização do cultivar.
Leia mais detalhes sobre a pesquisa e o cultivar no portal da Unesp.
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