Uma pesquisa da Embrapa Cerrados comprovou que o uso da BRS Zuri, cultivar de capim colonião (Panicum maximum), em consórcio com o milho reduziu em 68% a infestação de plantas daninhas no período da entressafra agrícola, além de reduzir a diversidade das plantas daninhas remanescentes sem comprometer a produtividade final da safra, que foi semelhante a do milho solteiro – cerca de 14 toneladas por hectare.
O estudo comparou duas faixas de milho, um solteiro e outro consorciado com a BRS Zuri, realizando o levantamento fitossociológico das plantas daninhas que emergiram na área 72 dias após a colheita do milho, com amostragem de 12 pontos aleatórios em cada uma.
A safra consorciada apresentou os melhores resultados na contenção de plantas daninhas de difícil controle, particularmente a buva (Conyza sumatrensis), espécie que se alastra rapidamente e compromete cultivos de milho, soja e trigo nas regiões Sul e Centro-Oeste do país. A presença desta espécie foi 66% menor na faixa de milho consorciado. Em contraste, na faixa de milho solteiro, foi encontrada nos 12 pontos de amostragem com os valores mais altos de infestação.
Além disso, a faixa consorciada não apresentou espécies resistentes ao glifosato, principal herbicida usado nas culturas de soja e milho, como a poaia-branca (Richardia brasiliensis) e a erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta), sem que o herbicida tenha sido utilizado em qualquer uma das faixas do experimento.
Confira mais detalhes sobre o estudo no portal da Embrapa.
Para saber mais
Você já conhece a coleção Plantas daninhas, publicada pela Oficina de Textos?
O volume 1 trata da biologia, classificação e manejo dessas ervas, enquanto o volume 2 estuda o comportamento dos herbicidas nas plantas daninhas e no solo.