Mandioca: do plantio à colheita: entrevista com Pedro Soares Vidigal Filho

Organizado pelos Prof. Dr. Pedro Soares Vidigal Filho (UEM Maringá), Prof. Dr. Aluízio Borém (UFV Viçosa), Dr. Manoel Genildo Pequeno (in memoriam) e Dr. Alex Henrique Tiene Ortiz, o livro Mandioca: do plantio à colheita apresenta todo o percurso dessa cultura, desde o preparo do solo até a conservação de seus produtos.

Junto a informações sobre a origem, a fisiologia e a nutrição da planta, a obra detalha as características das principais cultivares de mandioca no Brasil, as ferramentas para o controle de pragas, doenças e ervas daninhas na cultura, os métodos e sistemas de irrigação mais eficazes e as práticas mais utilizadas na colheita da mandioca.

Para apresentar mais detalhes do livro, o Comunitexto convidou o Prof. Dr. Pedro Soares Vidigal Filho. Confira a seguir a entrevista!

Capa do livro “Mandioca: do plantio à colheita”, publicado em 2022 pela Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Mandioca: do plantio à colheita”, publicado em 2022 pela Editora Oficina de Textos

Comunitexto (CT): Quais são os principais destaques de Mandioca: do plantio à colheita?

Pedro Soares Vidigal Filho (PSVF): A mandioca (Manihot esculenta Crantz), também conhecida como aipim ou macaxeira, é a mais brasileira das grandes culturas, que na atualidade se encontra disseminada em todo o mundo tropical e subtropical, onde é responsável pela segurança alimentar de cerca de 800 milhões de pessoas.

Ela é cultivada em mais de uma centena de diferentes países, ocupando a 14ª posição em área em nível mundial, representando cerca de 1,7% da área colhida com atividades agrícolas no mundo, segundo dados da Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAOSTAT (2018). 

A importância da mandioca está relacionada ao uso intenso de mão de obra no plantio, nos tratos culturais e na colheita, assim como na geração de renda das populações, e no consumo humano e animal. Seus principais produtos industrializados são a farinha, a fécula ou amido, e a tapioca.

Além desses produtos, vários outros são obtidos no processo industrial de modificação do amido (fécula nativa), entre eles, os amidos catiônicos, oxidados, esterificados, fosfatados e produtos gelatinizados.

Assim sendo, diante da relevância econômica e social, torna-se preponderante tanto a geração quanto a disseminação de conhecimento acerca dessa tuberosa, de forma que, ao ser cultivada, ela possa vir a expressar o seu máximo potencial.

Nesse contexto, a publicação Mandioca: do plantio à colheita é uma obra inédita.

Imagem de mandiocas cortadas empilhadas.

Obra aborda os aspectos econômicos e sociais relacionados à mais brasileira das culturas (Foto: Reprodução/Acervo Embrapa)

Os capítulos do livro abordam aspectos relacionados à importância econômica e social; origem, botânica, e descrição da planta; caraterísticas fisiológicas: fatores ambientais versus crescimento e desenvolvimento; manejo de solo; práticas culturais e manejo comuns à cultura; exigências nutricionais, calagem e adubação; descrição de cultivares atuais; métodos adequados a serem empregados no controle de plantas daninhas, de pragas e doenças; métodos e sistemas mais eficazes a serem utilizados em lavouras irrigadas; práticas de colheita: manual, semimecanizada e mecanizada; conservação pós-colheita das raízes tuberosas da mandioca.

A obra é dividida em 13 capítulos, escritos por autores de especialidades diversas, que são profissionais de renome e atuam em destacadas instituições públicas estaduais e federais. 

CT: Qual sua principal motivação para o desenvolvimento deste livro?

PSVF: A obra faz parte da série de publicações a respeito de culturas de importância econômica iniciadas pelo professor Dr. Aluízio Borém (UFV), que sempre procurou especialistas para colaboração.

No caso específico da mandioca, coube a mim, Prof. Dr. Pedro Soares Vidigal Filho, do Departamento de Agronomia da UEM, a honra de ser convidado para organizar a publicação.

Tal convite decorreu do fato de que sou conhecido em todo o País como Professor e Orientador de estudantes de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado e, ao longo da carreira acadêmica, sempre desenvolvi pesquisas com a cultura da mandioca.

E, sem dúvidas, a publicação desta obra neste início de ano de 2022, ocasião em que estamos comemorando 40 anos de carreira acadêmica na UEM, me deixa plenamente realizado.

CT: A que tipo de público se destina o livro?

PSVF: Mandioca: do plantio à colheita foi elaborada de forma a atender às necessidades de professores e de estudantes dos cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola e Escolas Técnicas em Agricultura, e também de produtores e profissionais que dão assistência técnica ao segmento produtivo desta cultura.

Cada um dos 13 capítulos do livro foi escrito por especialistas de forma a discorrer sobre as mais recentes tecnologias e inovações empregadas em todas as etapas do cultivo da mandioca. A publicação é uma rica fonte de informações úteis a todos aqueles que se interessam no cultivo dessa importante tuberosa.

Imagens de várias mandiocas em série, com cores diferentes.

Coloração da película suberosa das raízes, variando do creme ao marrom-escuro e variações na coloração do córtex das raízes tuberosas. (Imagem retirada do livro “Mandioca: do plantio à colheita”, publicação da Editora Oficina de Textos. Todos os direitos reservados.)


Confira a degustação da obra aqui!

Capa do livro “Mandioca: do plantio à colheita”, publicado em 2022 pela Editora Oficina de Textos

Capa do livro “Mandioca: do plantio à colheita”, publicado em 2022 pela Editora Oficina de Textos