Primeiro nanossatélite para a indústria brasileira entra em órbita em 2023

Resultado de uma cooperação entre a Embrapa Agricultura Digital, a Visiona Tecnologia Espacial e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped), o nanossatélite Visiona CUB (VCUB) será o primeiro em órbita planejado especificamente para a realidade do produtor agrícola brasileiro, que até agora usava imagens capturadas por satélites americanos e europeus.

Equipado com tecnologia de ponta para o monitoramento da safra agrícola brasileira, o VCUB integra sistemas espaciais e computacionais, com o intuito de auxiliar o mercado de internet das coisas (IoT) mesmo em locais sem a infraestrutura adequada, além de realizar a coleta de imagens e dados agrometeorológicos. Também possui câmera de alta resolução projetada para capturar imagens agrícolas e já incorpora soluções aos problemas mais frequentes evidenciados por outros satélites, o que irá melhorar a qualidade do material disponível.

Não só isso, mas a quantidade de material também será beneficiada. Apesar de seu porte diminuto – do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos – o satélite tem a tecnologia necessária para viajar ao redor da Terra 14 vezes por dia, permitindo aumentar a frequência da captura de imagens e, por consequência, aumentar a probabilidade de serem obtidas imagens claras e sem nuvens, atual obstáculo do setor.

Foto de um nanossatélite.

(Fonte: Embrapa)

Incialmente, o novo nanossatélite irá auxiliar a indústria de produção de grãos, com foco particular nos cultivos de soja milho no Maranhão. Porém, é parte do projeto que ele passe eventualmente a monitorar outras espécies vegetais em mais regiões do País. A coletiva de empresas responsáveis destaca em especial o setor agropecuário como foco de futura integração ao sistema.

Considerado um satélite de validação de tecnologias, o VCUB passará por um período de teste de todos os seus sistemas, previsto para durar de três a seis meses depois de seu lançamento em órbita no início de 2023. Apenas depois dessa confirmação o satélite estará plenamente disponível para operações em aplicações.

Confira mais informações sobre o nanossatélite no portal da Embrapa.