Qualquer pessoa tem um conceito vago do que é uma árvore. Geralmente, esse conceito é suficientemente bom para ser aplicado com sucesso à maior parte das situações. Por isso, é incomum que haja uma preocupação em se elaborar a definição de árvore, mesmo na literatura especializada.
Há, no entanto, nas florestas tropicais uma grande diversidade não só de espécies de plantas, mas também de formas de vida vegetais, de modo que um conceito vago pode se tornar confuso.
Embora a maioria das árvores de interesse comercial madeireiro seja facilmente identificada por um conceito vago de árvore, o estudo e a descrição da floresta como um ecossistema, natural ou implantado, requer a observação de espécies arbóreas não comerciais, das árvores ainda em fase de desenvolvimento, antes de se tornarem adultas, e de outras espécies vegetais além das árvores.
Na terminologia botânica, a constituição geral de uma planta, incluindo o conjunto das suas características fisionômicas e morfológicas e a sua forma de crescimento, é chamada de hábito. Assim, a palavra árvore designa um tipo de hábito (hábito arbóreo), entre vários outros, como herbáceo, arbustivo etc. O quadro abaixo apresenta a descrição de alguns hábitos vegetais.
(Imagem retirada do livro Quantificação dos recursos florestais. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)
Hábitos das plantas
As classes e descrições dos hábitos das plantas foram organizadas com base nas definições apresentadas em Dictionary of Ecology e no Glossário Ilustrado de Botânica. Ambos são boas obras de referência para conceitos de Botânica e Ecologia.
Leia também
Recursos florestais: copa das árvores e classificação
Arborimetria: mensuração de árvores
Para saber mais
Quantificação de recursos florestais aborda os principais conhecimentos da área, como métodos destrutivos e não destrutivos, metrologia, silvimetria, inventário florestal, monitoramento e predição de atributos, entre outros.