Você sabia que, para uma plantação sustentável, com abundância e distribuição das espécies nativas, é necessário o uso de técnicas como a adubação ou nutrição mineral das plantas?
Primeiro, é preciso contextualizar as principais diferenças entre nutrição e adubação. Nutrição envolve oferecer à planta os minerais e elementos necessários para o seu desenvolvimento; já a adubação envolve preparar o solo para receber a planta.
Para o crescimento saudável de uma espécie de planta, ambos são necessários, pois, durante o surgimento e a evolução de uma floresta, as espécies demonstram exigências nutricionais e ambientais específicas, e o simples plantio não garante a sua sobrevivência. Além disso, devemos considerar os solos de baixa fertilidade natural.
Lírios de banana
(Fonte: Amber Mabel/Pixabay)
Esses e outros fatores interessantes sobre as plantas das matas nativas podem ser encontrados no Guia de nutrição para espécies florestais nativas, que apresenta conceitos básicos como a essencialidade dos elementos minerais, as funções e os sintomas de deficiências dos nutrientes minerais, material e métodos para a nutrição correta.
O ponto alto do livro é a chave geral para identificação dos sintomas de deficiências de macro e micronutrientes, ou seja, aqueles que estão presentes em maior ou menor quantidade nas plantas, respectivamente. Considerar esses pontos auxilia a sanar parte dos problemas de reflorestamento, já que classificar os elementos necessários para as plantas e aplicá-los no ambiente pode tornar uma floresta mais vivida e duradoura.
Com a necessidade cada vez mais evidente de preservar matas e recuperar áreas já degradadas pelos humanos, foram realizadas pesquisas que permitiram a descoberta de três tipos de elementos e minerais fundamentais para as plantas:
- elementos essenciais para o ciclo de vida da planta;
- elementos que possuem funções específicas e não podem ser substituídos;
- elementos envolvidos diretamente no metabolismo da planta, fazendo parte de um constituinte essencial.
A ausência dos conhecimentos básicos na reposição desses minerais em espécies florestais também contribui para o lento progresso das ações de tratamento ambiental. Entre os problemas gerados pela não administração desses elementos nas plantas há doenças como a paralisação da emissão de raízes novas, apodrecimento das raízes secundárias, necrose nas gemas apicais e outros problemas que culminam na morte da planta.
O Guia de nutrição para espécies florestais nativas fecha os capítulos com um guia com as deficiências nutricionais que atingem as plantas brasileiras, mostrando como identificá-las e os tratamentos indicados.
O livro é destinado à orientação de todos os profissionais e pesquisadores na área de Restauração Florestal e serve como referência para a prática de cultivar e desenvolver mudas, conservar e restaurar área florestais por meio de uma adubação racional, sem prejuízo ao ambiente.