A importância do Pinus spp. no Brasil: adaptação e expansão

Pinus spp: adaptação, expansão e potencialidades no Brasil. Descubra a importância desse gênero versátil.

Adaptação e expansão exponencial das espécies de Pinus no Brasil

As principais espécies do gênero Pinus spp. introduzidas no Brasil foram trazidas por imigrantes europeus em meados do século XIX, com finalidade ornamental. Todavia, o sucesso de sua adaptação às condições edafoclimáticas no País fizeram com que o reflorestamento com essas espécies se expandisse exponencialmente ao longo dos anos.

Essa capacidade do gênero em se adaptar a diferentes condições climáticas é resultado da ampla variação de locais onde as espécies possuem centros de origem.

Tal fator proporcionou o aumento da variabilidade genética entre e dentro das espécies e, como consequência, a adaptação do gênero a diversas condições ecológicas, o que favorece o seu cultivo comercial em várias regiões brasileiras.

Por tal motivo, o interesse pela silvicultura das espécies do gênero vem se consolidando de forma expressiva no Brasil, sobretudo em regiões de climas temperado, subtropical e tropical, com destaque para as áreas do Sul e Sudeste.

Foto de vários Pinus spp. espaçados entre si num solo marrom.

(Fonte: Embrapa)

Pinus spp: variação genética e adaptação a diferentes condições ecológicas

Atualmente, os plantios de espécies de Pinus spp. ocupam aproximadamente 1,93 milhão de hectares (19,4% da área total de florestas plantadas no País), e o gênero é considerado o segundo mais plantado no território brasileiro.

Com a crescente expansão dos plantios comerciais, informações sobre a ocorrência natural das espécies de Pinus spp., a adaptação de cada uma delas às diferentes condições edafoclimáticas e suas potencialidades de uso mostram-se de grande relevância.

Nesse sentido, é preferível a escolha de materiais cuja ocorrência natural seja similar aos locais de plantio, principalmente quanto à temperatura, umidade relativa do ar, diferenças fotoperiódicas, precipitação anual e distribuição das chuvas durante os anos. Esses fatores são fundamentais para a obtenção de uma produtividade satisfatória das espécies.

Dessa forma, para facilitar a recomendação de espécies adequadas para diferentes locais, leva-se em consideração a subdivisão entre as que são naturais de regiões temperadas, subtropicais e tropicais.

Silvicultura de Pinus no Brasil: regiões de destaque e potencialidades de uso

Os Pinus naturais de regiões temperadas e subtropicais são adaptados aos locais de grandes altitudes, com temperaturas mais baixas, nos quais podem ocorrer eventos climáticos como neve ou geadas; alguns exemplos são P. elliottii, P. taeda, P. echinata e P. radiata.

As espécies tropicais ocorrem em regiões litorâneas, com maior incidência de calor, e apresentam maior tolerância ao déficit hídrico, sendo alguns exemplos as espécies P. caribaea, P. chiapensis, P. maximinoi, P. oocarpa e P. tecunumanii.

Dessa forma, o gênero Pinus vem sendo cultivado para diversos fins, o principal sendo a produção de celulose de fibra longa, chapas, energia, móveis, resina e serraria. 

O quadro abaixo contém indicações de algumas espécies do gênero para o cultivo em função dos usos citados:

Quadro de espécies de Pinus spp. de acordo com o uso. As principais são:
Celulose: P. taeda
Chapas: P. caribaea
Energia: P. caribaea
Móveis: P. taeda e P. elliottii
Resina: P. elliottii
Serraria: P. taeda

Indicação de espécies do gênero Pinus para cultivo em função de diferentes usos (Quadro retirado do livro Pinus: do plantio à colheita. Todos os direitos reservados)

Pinus: do plantio à colheita, um guia completo para o sucesso na Silvicultura

Esta matéria foi retirada do livro Pinus: do plantio à colheita. A obra, organizada por Rafael Tassinari Resende, Aluízio Borém e Helio Garcia Leite, é o próximo lançamento da Editora Oficina de Textos. 

O livro aborda uma variedade de temas, incluindo:

  • aspectos econômicos do Pinus;
  • recomendações de espécies e genótipos;
  • produção de mudas, nutrição mineral e adubação;
  • preparo de solo e plantio;
  • manejo de pragas e doenças;
  • sistemas de manejo (desbaste e desrama);
  • colheita e usos da madeira proveniente das plantações de Pinus.

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