Pragas que ameaçam o Pinus: conheça os principais inimigos das plantações

O cultivo do Pinus spp. é uma atividade de grande importância econômica e ambiental. No entanto, as plantações enfrentam constantes ameaças de pragas que podem comprometer o desenvolvimento saudável das árvores de Pinus.

É importante realizar um manejo integrado de pragas, combinando diferentes estratégias, como o uso de variedades resistentes, práticas culturais adequadas, controle biológico e monitoramento regular para minimizar os danos causados pelas pragas nas plantações de Pinus.

Nesta matéria, vamos explorar os principais inimigos que ameaçam as plantações dessa conífera:

Vespa-da-madeira

Essa vespa é nativa da Europa e foi introduzida em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil. A fêmea da vespa-da-madeira deposita seus ovos em árvores de Pinus, principalmente nas regiões de tronco danificado ou enfraquecido. As larvas da vespa se desenvolvem alimentando-se da madeira, causando danos significativos à estrutura interna da árvore.

Os sintomas da infestação por vespa-da-madeira incluem o enfraquecimento das árvores, a presença de serragem na base do tronco e a formação de galerias escavadas pelas larvas.

O controle dessa praga é desafiador e requer medidas preventivas, como o monitoramento constante das plantações, a remoção de árvores infestadas e o uso de inseticidas específicos quando necessário.

Foto aproximada de duas vespas-da-madeira. Elas têm o corpo preto e as asas marrom.

Macho (à direita) e fêmea (à esquerda) da vespa-da-madeira (Imagem retirada de Pinus: do plantio à colheita. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

Pulgões-gigantes-do-pínus

Pragas importantes que afetam as plantações de Pinus, esses pulgões (Cinara pinivora e Cinara atlantica) são insetos sugadores de seiva que se alimentam das agulhas e brotos jovens das árvores de Pinus.

Os pulgões-gigantes-do-pínus causam danos significativos às plantas, pois retiram nutrientes essenciais da seiva, enfraquecendo as árvores e reduzindo seu crescimento. 

Além disso, a presença desses insetos pode levar à formação de fumagina, um fungo que se desenvolve nas secreções açucaradas excretadas pelos pulgões, causando manchas escuras nas folhas e prejudicando a fotossíntese.

O controle desses pulgões pode ser feito por meio de medidas preventivas e intervenções adequadas. Algumas estratégias incluem o monitoramento regular das plantações, a identificação precoce das infestações, o uso de inimigos naturais, como predadores e parasitoides, e o uso de inseticidas seletivos quando necessário.

É importante ressaltar a importância do manejo integrado de pragas, combinando diferentes abordagens para minimizar os danos causados pelos pulgões-gigantes-do-pínus e outras pragas nas plantações de Pinus, garantindo assim a saúde e o desenvolvimento adequado das árvores.

Foto aproximada de pulgões-gigantes-do-pínus pousados em uma folha, três deles jovens e um adulto, fabricando honeydew pela parte traseira de seu corpo.

Cinara atlantica e presença de honeydew (Imagem retirada de Pinus: do plantio à colheita. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

Gorgulho-do-pínus 

O gorgulho-do-pínus (Pissodes castaneus) é uma praga significativa que afeta as plantações de Pinus, causando danos consideráveis. Esse besouro pertence à família Curculionidae.

As larvas do gorgulho-do-pínus se desenvolvem dentro dos galhos e troncos das árvores, alimentando-se do tecido interno e causando danos estruturais. Os adultos, por sua vez, alimentam-se das brotações e da casca jovem das árvores, causando danos adicionais.

Os sintomas da infestação pelo gorgulho-do-pínus incluem a presença de orifícios de saída nas árvores, resina exsudando das perfurações e galhos secos. Esses danos comprometem o crescimento e a vitalidade das árvores, podendo levar à sua morte.

Adulto de Pissodes castaneus (Imagem retirada de Pinus: do plantio à colheita. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)

Formigas cortadeiras

As formigas cortadeiras são representadas principalmente pelos gêneros Acromyrmex e Atta. Essas formigas possuem uma organização social altamente desenvolvida e são conhecidas por cortar e transportar folhas, brotos e outros materiais vegetais para seus ninhos, onde são utilizados como substrato para o cultivo de um fungo simbionte.

As formigas cortadeiras podem atacar as mudas de Pinus, cortando seus brotos e folhas e comprometendo seu desenvolvimento inicial.

Além disso, elas podem causar danos significativos às árvores adultas, retirando parte da vegetação e reduzindo sua capacidade de crescimento e produção.

Diferenças entre os gêneros (A) Acromyrmex e (B) Atta (Imagem retirada de Pinus: do plantio à colheita. Todos os direitos reservados à Oficina de Textos)


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