Acordar e se deparar com uma notícia sobre enchentes e pontos de alagamentos virou algo corriqueiro. A temporada de chuvas fortes e contínuas ainda não chegou (ocorre com frequência durante o verão), porém, eventualmente a população tem que enfrentar a onda de inundações que abatem as regiões do Brasil. São inúmeros prejuízos e transtornos causados pelos alagamentos, afinal, quem nunca ficou preso no trânsito por conta da chuva?
Geralmente, esses problemas estão relacionados ao acúmulo da água das chuvas sem a existência de meios necessários para o seu escoamento, consequência de um processo de urbanização sem planejamento.
Antes de nos prepararmos para encarar essas adversidades, precisamos saber com o que estamos lidando. Se você ainda não sabe, vai saber agora as diferenças entre esses desastres, de acordo com a obra Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais!
Tipos de desastres relacionados à água
Enchentes ou cheias
São definidas como a elevação do nível d’água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém sem extravasar.

Presidente Getúlio, em Santa Catarina (Fonte: Paulo Cesar Longen)
Alagamentos
Quem nunca ouviu a expressão “pontos de alagamentos”? Nada mais é do que o acúmulo momentâneo de águas em determinados locais por deficiência no sistema de drenagem. Cobre pequena parte da planície.

Região do Botafogo, RJ (Fonte: Nicolás Rey/G1)
Inundações
Transbordamento das águas de um curso d’água, atingindo a planície de inundação ou área de várzea. Existem três tipos de inundação:
• Inundação fluvial: quando ocorrem fortes chuvas que causam o transbordamento da água de rios e lagos.
• Inundação marítima: originada por grandes ondas e ressacas.
• Inundação artificial: causada por falhas humanas, como rompimento de barragens, acidentes na operação de comportas etc.

San Marcos, no Texas (Fonte: Rodolfo Gonzalez)
Enxurradas
O escoamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a áreas de domínio dos processos fluviais.

Nova Andradina, MS (Fonte: Sandro de Almeida)
Riscos hidrometeorológicos
Cada tipo de risco é composto por variáveis que possibilitam a mensuração dos elementos e fatores produtores do risco. A gênese de cada um deles, assim como os elementos e fatores que propiciam sua manifestação, possui particulares que se expressam diferentemente no tempo e no espaço.
Nesse sentido, torna-se fundamental compreender os diferentes riscos segundo distintos de processos naturais agravados pela atividade humana e pelo uso e ocupação do solo (Mendonça, 2014; Veyret; Richemond, 2007). É dessa associação, por exemplo, que se formam os riscos híbridos.

Delimitação, caracterização e contextualização dos riscos híbridos no âmbito dos riscos hidrometeorológicos
(Imagem retirada do livro “Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais”, Ed. Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)
Livro trata enchentes e alagamentos
Para conhecer mais fenômenos, naturais ou não, aos quais a população está exposta, confira a obra Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais, organizado por Francisco Mendonça!
Este livro discute temas relacionados a riscos socioambientais urbanos, vulnerabilidade e resiliência, riscos hidrometeorológicos, índice DRIB, deslizamentos e gestão de riscos de desastres, abrangidos sob o conceito de riscos híbridos, permitindo debater políticas voltadas à prevenção e à redução dos impactos potenciais decorrentes desses riscos.
Confira a degustação da obra aqui.
Capa do livro “Riscos híbridos: concepções e perspectivas socioambientais”, publicação da Editora Oficina de Textos