A tabela abaixo apresenta os 20 desastres naturais que causaram mais mortes, entendidos, então, como as maiores tragédias que marcaram as nações da América do Sul. Essas ocorrências ceifaram 149.877 vidas.
![Tabela de 20 desastres naturais na América do Sul que causaram mais óbitos entre 1960 e 2009.](https://blog.ofitexto.com.br/wp-content/uploads/2023/03/2015_07_01-Os-20-piores-desastres-naturais-na-America-do-Sul-GEOGRAFIA.jpg)
(Imagem retirada do livro Urbanização e desastres naturais, Editora Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)
Os eventos geofísicos (8 em 20) provocaram mais fatalidades (68,3%), seguidos pelos hidrometeorológicos e climáticos (8 em 20, 23,7%) e biológicos (4 em 20, 8,0%). A dramaticidade da pior catástrofe – um terremoto em maio de 1970 no Peru, associado a movimento de massa – pode ser identificada não apenas pelo total de vítimas fatais, mas também pelo fato de que ela causou mais do dobro de mortes em relação ao segundo pior desastre o da Venezuela em dezembro de 1999.
![Foto em preto e branco de escombros pós-terremoto no Peru, em 1970, um dos maiores desastres naturais da América Latina.](https://blog.ofitexto.com.br/wp-content/uploads/2023/03/2015_07_01-Os-20-piores-desastres-naturais-na-America-do-Sul-GEOGRAFIA-2.jpg)
Escombros em Ancash, Peru, em 1970 após o terremoto (Fonte: Wikimedia Commons)
Peru e Colômbia somam mais da metade dos registros (13 em 20), seis deles entre os dez piores, o que coloca essas nações em evidência. Por outro lado, Paraguai, Argentina, Uruguai, Guiana e Suriname não tiveram nenhum evento entre os 20 piores da América do Sul no período.
Dos 20 desastres, apenas um ocorreu no decênio mais recente, chamando mais uma vez a atenção para a década de 1990, quando esforços foram realizados para a diminuição dos desastres naturais no mundo; contudo, esse foi o decênio que registrou maior número de ocorrências que provocaram muitas mortes na América do Sul.
Também merece menção o fato de que, na fonte dos dados, aparece uma data associada às epidemias que, todavia, provavelmente corresponde à coleta de dados acumulados por período mais extenso.
Para saber mais
Para mais detalhes sobre o vínculo entre os processos recentes de urbanização e as catástrofes ambientais na América do Sul, região cada vez mais caracterizada pela concentração de pessoas em megalópoles, adquira o livro Urbanização e desastres naturais de Lucí Hidalgo Nunes.
A pesquisadora apresenta na obra um grande levantamento dos desastres hidrometeorológicos e climáticos, geofísicos e biológicos registrados nesta parte do continente americano entre 1960 e 2009, considerando suas evoluções temporais quanto ao número de ocorrências calamitosas, óbitos, afetados e prejuízos econômicos.