Por que furacão “Katrina”?

Furacões costumam receber nomes próprios, como o furacão Katrina, definidos pelo Comitê Internacional em parceria com a ONU

Todos os furacões que ocorrem nos países voltados para o oceano Atlântico Norte recebem um nome próprio. O que pouca gente sabe é que o nome de um furacão é escolhido com antecedência.

Na verdade, especialistas elaboraram uma lista de nomes, metade masculinos e metade femininos, que são repetidos a cada seis anos. Quando um furacão parece estar se formando sobre o oceano, a lista do ano é consultada para que lhe seja dado um nome. Esse nome é escolhido por ordem alfabética. Dessa forma, pelo nome, descobrimos qual número corresponde à letra inicial e podemos saber se aquele é o primeiro, o segundo ou o terceiro furacão do ano.

Nome dos furacões para o Atlântico Norte de 2012 a 2016 (Tabela tirada de Climatologia fácil, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Se, por acaso, o número de furacões ultrapassar o número de nomes da lista, serão utilizadas letras do alfabeto grego, como alfa, beta, gama etc., como aconteceu no ano de 2005. No passado, os furacões recebiam o nome do santo do dia em que ocorreu, ou do mais próximo.

A prática de batizar os furacões com nomes próprios começou a partir de 1950, quando os especialistas passaram a identificar o fenômeno por meio das imagens de satélites e todos os furacões passaram a receber nomes femininos. O primeiro, por exemplo, foi chamado de Able.

Essa prática, no entanto, gerou muita confusão. Os meteorologistas, então, modificaram a regra. Assim, desde 1979, os nomes se revezam entre femininos e masculinos. Quando um furacão é devastador, seu nome é retirado da lista para sempre.

Desde que começou a ser usada, 67 nomes já foram retirados da lista. O primeiro a deixar a lista foi Hazel, em 1954, e os últimos foram Dennis, Katrina, Rita, Wilma e Stan, todos provenientes da violenta temporada de furacões de 2005.

Foto aérea do furacão Katrina, uma massa branca em cima de um continente.

Furacão Katrina (Fonte: Nasa)

Afirma-se que o aquecimento global vai aumentar a frequência de furacões, apesar de que no passado ocorreram furacões tão ou mais intensos que os atuais. No site do National Hurricane Center (NOAA, EUA), encontra-se uma lista de furacões mais letais da história.


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