Diamante é uma palavra derivada do grego adamas, que significa “indestrutível”, sendo, na verdade, a substância natural mais dura conhecida pelo homem. Segundo estudos, os primeiros diamantes se formaram há aproximadamente 2,5 bilhões de anos. Até hoje as pedras de diamante são parte essencial da economia de países como a Botsuana, na África.
É formado por um único elemento químico, o carbono e, ao contrário da crença popular de que o diamante vem do carvão, ele raramente tem algum papel na formação dos diamantes. Na verdade, na história da Terra, os diamantes surgiram antes do carvão.
(Fonte: Wikimedia Commons)
As pedras de diamante encontradas próximo à crosta terrestre são formadas por quatro processos diferentes, descritos a seguir:
1. Erupções vulcânicas
Formados no manto terrestre e ascenderam à superfície por meio de erupções vulcânicas. São formados sob enorme pressão e temperatura (por volta de 1.050 C°), a aproximadamente 160 km da superfície.
Aqueles formados no manto são estocados em uma zona de estabilidade de diamantes. Erupções vulcânicas muito profundas levam os diamantes à superfície da Terra. Esse tipo de evento é muito raro, sendo que nenhuma erupção desse tipo foi observada, desde que a ciência se tornou capaz de detectá-las. À medida que a mistura de magma, minerais e fragmentos de rocha se aproxima da superfície, uma estrutura de cano começa a se formar. Essa estrutura se chama Kimberlito. Eles são a fonte que os grandes mineradores de diamante procuram.
2. Formação em depressão tectônica
A depressão tectônica ou zona de subducção é uma área onde uma placa tectônica é forçada para baixo de outra. As placas ficam sujeitas à temperatura e pressão muito elevadas. Diamantes já foram encontrados em placas que já estiveram por baixo de outra e, posteriormente, voltaram à superfície; porém, a quantidade encontrada é muito pequena e pouco conveniente para exploração comercial.
3. Formação em zonas de impacto de asteroides
A Terra já foi – e ainda será – atingida repetidas vezes por grandes asteroides. Esse tipo de evento cria temperatura e pressão altíssimas: condições ideais para a formação de diamantes. De fato, pequenos diamantes já foram encontrados próximos a zonas de impacto. No entanto, a quantidade ofertada por esse tipo de fonte é praticamente desprezível.
4. Formação no espaço
Diamantes também estão perdidos por aí, no espaço, e o universo é, sem dúvida, um fornecedor dos mais diversos tipos de materiais e elementos químicos. Existem enormes estrelas de diamantes, chamadas de diamantes cósmicos, como a estrela Lucy, em referência à musica dos Beatles, “Lucy in the sky with diamonds”. Tecnicamente, esse diamante fica no interior de uma anã branca, que é o corpo que sobra de uma estrela após ela queimar toda a sua energia e morrer. Descoberto em 2004, a Lucy, também conhecida como BPM 37093, fica a 50 anos-luz da Terra.
Estrela Lucy (Fonte: BBC Brasil)
Curiosidade
Em 1905, na África, um diamante bruto foi encontrado por Frederick Wells, a nove metros de profundidade, na parede de uma mina, pesando 3.106,75 cts (cerca de 612 g). Ele é considerado o maior diamante bruto já encontrado e foi batizado de Cullinan, em homenagem ao dono da mina onde foi achado, Thomas Cullinan.
O Cullinan foi dividido em três grandes partes. Os três pedaços deram origem a nove gemas (Cullinan I ao Cullinan IX) e a noventa e seis pequenos brilhantes. Os diamantes foram lapidados e polidos.
Das nove gemas principais, que resultaram da clivagem* do diamante Cullinan, as duas maiores pedras foram nomeadas de Great Star of Africa (Cullinan I) e Lesser Star of Africa (Cullinan II). As duas pedras fazem parte das joias da Coroa Real Britânica.
Cullinan I no cetro britânico (Fonte: Wikimedia Commons)
Cullinan II na coroa imperial britânica (Fonte: Wikimedia Commons)
*As pedras preciosas tendem a se partir seguindo planos relacionados à sua estrutura atômica. Essa tendência ou propriedade é chamada de clivagem.
Fonte: Geology e Diamante: a pedra, a gema, a lenda.
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