Os dinossauros (palavra que deriva do grego e significa “lagarto terrível”) constituem um grupo de animais que existiu desde o início do Período Jurássico, há 199 e 155 milhões de anos, até o final do Cretáceo, há aproximadamente 145,5 milhões ou 99,6 milhões de anos.
A teoria mais aceita para a extinção desses seres pré-históricos é que um meteorito encontrado no México colidiu com a Terra e originou uma grande explosão, carbonizando bilhões de animais instantaneamente e levantando uma nuvem de poeira que bloqueou o calor do sol. Com exceção dos dinossauros emplumados e dos seres mamíferos, os outros dinossauros não conseguiram se adaptar às novas condições climáticas e então desapareceram.
Embora os humanos nunca tenham convivido com os dinossauros, diferente de como mostram algumas mídias sobre o assunto, estes últimos exercem fascínio pela magnitude e hábitos curiosos. Muitas pessoas também não sabem que o Brasil teve seus dinossauros, um total de 23 espécies conhecidas, cujos fósseis foram encontrados em território nacional.
Além dos dinossauros, outros seres pré-históricos também habitaram os estados brasileiros, e os fósseis desses animais permitiram maior conhecimento da história natural do País e as mudanças geológicas que ocorreram no mundo. Confira abaixo três dessas espécies conforme o livro Colorindo a história da vida, desenvolvido por Luiz Anelli, geólogo, professor e pesquisador de paleontologia, e Fábio Ramos Dias de Andrade, geólogo e professor da Universidade de São Paulo.
Mesosaurus brasiliensis
O Mesosaurus recebeu esse nome do pesquisador Mac Gregor, que estudava os fósseis de répteis encontrados nos folhelhos pretos betuminosos da Formação Irati, coletados próximos à estação de Iraty, da E. F. São Paulo, Rio Grande, no Paraná.
Esse ser é um pequeno lagarto que mede aproximadamente 1 metro quando adulto, com corpo esguio e uma longa cauda deprimida lateralmente. De acordo com a dentição, estima-se que possuía uma dieta carnívora. Segundo o livro Colorindo a história da vida, possuía cor verde-claro para uma camuflagem eficiente.
O primeiro Mesosaurus do mundo foi encontrado no sul da África em 1864. O fóssil brasileiro, no entanto, foi descoberto somente em 1864 e nomeado como Mesosaurus tenuidens (embora tenha sido oficializado como Mesosaurus brasiliensis).
Paraphysornis brasiliensis
O Paraphysornis brasiliensis foi uma ave predadora que viveu durante um período chamado Brasil Pliocénico (entre cerca de 5 e 2 milhões de anos atrás). Segundo a análise dos fósseis, os ossos das asas estariam se desenvolvendo para um tipo de mão primitiva (antes da extinção).
O esqueleto desse animal foi quase 100% recuperado dos sedimentos terciários da Bacia de Taubaté por Herculano Alvarenga, em 1982. Atualmente, está exposto na ala de Paleontologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Gliptodonte
De acordo com o livro Colorindo a história da vida, esse animal foi similar a um tatu gigante e viveu no Brasil até cerca de 10.000 anos atrás.
O Gliptodonte possuía hábitos herbívoros e tinha 4 metros, mais de 2 metros de cauda dotada de grandes espinhos e uma tonelada e meia de massa corporal, além de uma carapaça óssea, que auxiliava na proteção contra predadores.
Não perca!
Confira ainda uma entrevista exclusiva com o Luiz Anelli, geólogo, professor e pesquisador de paleontologia clicando aqui. Ele comentou mais sobre os dinossauros e seres pré-históricos brasileiros e como estão as pesquisas no setor de paleontologia.
Para saber mais
Se você gostou dessa matéria, vai adorar os livros Colorindo a história da vida e Evolução dos bichos!
Colorindo a história da vida permite uma verdadeira viagem no tempo para conhecer a longa história da vida na Terra. No livro, os leitores podem colorir os seres pré-históricos e acompanhar o movimento dos continentes. Também tem palavras cruzadas, caça-palavras e outras atividades legais que ajudarão você a guardar os nomes dos continentes antigos, fósseis e períodos geológicos. E há uma surpresa especial no final: um molde para recortar e colar o esqueleto do lagarto fóssil em tamanho natural.
Já Evolução dos bichos conta, de maneira didática e espontânea, como a vida evoluiu desde a simplicidade de uma célula até os sofisticados e complexos seres que conhecemos. Enfatiza os ancestrais de cada ramo da árvore da vida e destaca as mutações e adaptações que conduziram às diversificações sucessivas de espécies para ocupar todos os espaços de nosso planeta.
Mostra como alguns ramos se multiplicaram em espécies e depois se extinguiram e que o maior número de espécies existentes nem sequer conseguimos enxergar. É um livro fascinante, com conteúdo impecável e primorosamente ilustrado pelo paleoartista Felipe A. Elias.