Degradação de rochas: perguntas e respostas

petrografia é o ramo da petrologia que se dedica à descrição e à identificação de rochas, a fim de compreender sua origem a partir de suas características mineralógicas e, assim, entender a forma como se dá a degradação dos materiais pétreos, tanto em seu meio de origem, quanto no caso de aplicações ornamentais e como monumentos. 

A degradação dos materiais pétreos se dá por diversos fatores, a começar pelos processos naturais do tempo geológico das rochas, além de fatores externos, como ações climáticas e humanas. 

Antônio Gilberto Costa tira dúvidas sobre a degradação de rochas

A questão da degradação de rochas pode gerar algumas dúvidas. Portanto, nada melhor do que tê-las respondidas por um profissional que dedica sua carreira aos estudos petrográficos. Antônio Gilberto Costa, autor do livro recém-lançado pela livraria técnica Ofitexto, Rochas ígneas e metamórficas, esclarece duas questões importantes a respeito do tema. Confira a seguir:

A aplicação dos materiais pétreos acelera o processo de degradação?

Segundo Costa, a partir do momento em que as rochas nascem, elas começam a se alterar, mesmo que em profundidade. Quanto mais expostos os materiais pétreos estiverem, mais aceleradas serão as alterações. 

Assim, quando um bloco de determinada rocha é retirado de seu local de origem e passa por um processo de beneficiamento, retalhamento ou escultura, seja o que for, e é exposto, certamente as portas são abertas para que a degradação ocorra mais rápido. 

Quando essa exposição não ocorre, pode-se dizer que os fatores intrínsecos do tempo geológico das rochas estão em ação. Já quando os materiais estão expostos, fatores extrínsecos, como a umidade do ar, a insolação, a poluição, entre tantos outros elementos, certamente vão acelerar esse processo. 

Quais são os fatores que levam à degradação das rochas?

O professor esclarece que esses fatores podem ser separados em dois grupos: “há os fatores intrínsecos, que são aqueles que se relacionam com a própria rocha, com suas características químicas, texturais e mineralógicas, e há também os aspectos extrínsecos, os quais têm a ver com o meio, o local onde os materiais pétreos se encontram”. 

Normalmente, o que se percebe é que, ao longo da história das degradações, elas geralmente resultam de uma combinação dos fatores intrínsecos e extrínsecos. O resultado disso pode ser catastrófico, com alterações imensas nos aspectos visíveis das rochas.

Nova edição de Rochas ígneas e metamórficas apresenta capítulo inédito sobre degradação

O livro Rochas ígneas e metamórficas tem o objetivo de apresentar aos leitores os conceitos fundamentais da petrografia macro e microscópica para a identificação de materiais pétreos. Totalmente revisada e impressa em cores e em excelente qualidade, a nova edição conta com capítulo inédito e exclusivo a respeito da degradação de rochas em usos históricos e contemporâneos. 

Fazem parte da obra imagens do acervo do próprio autor, que demonstram na prática os conhecimentos teóricos apresentados ao longo dos capítulos. Este livro é um valioso material que pode servir como referência para estudantes, professores e pesquisadores da área da geologia, bem como para profissionais da engenharia e da arquitetura, além de ser totalmente acessível para aqueles que atuam na conservação e restauração de patrimônio. 

Capa de Rochas ígneas e metamórficas.

Rochas ígneas e metamórficas está disponível para compra na livraria técnica Ofitexto na versão impressa.